quinta-feira, 11 de outubro de 2012

BOM EXEMPLO PARA SEGUIR

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012 - 17:56:20


Do alto dos seus já 90 anos, esse Religioso muito bem vivido, com uma experiência fascinante, tem muito a dizer as novas gerações.Foi ele que abrilhantou nesta manhã o evento realizado no CAP (Centro Arquidiocesano de Pastoral) e que abriu oficialmente o "Ano da Fé" em nossa arquidiocese. Conheçam um pouco mais sobre essas ilustre celebridade, que o que traz em si de grandioso, traz também de simplicidade)

 

O dominicano frei CARLOS JOSAPHAT, mineiro de Abaeté nascido em 04/11/1922 filho de Ezequiel Pinto e Emília Afonso de Oliveira. É jornalista, teólogo, escritor, professor emérito da Universidade de Friburgo, na Suíça. Tornou-se conhecido por suas posições no campo social na década de 1960. Por ocasião do golpe militar de 1964, foi "convidado" a deixar o Brasil.
 Doutorou-se em Teologia em Paris, com uma tese sobre ética da comunicação social. Tem-se empenhado, especialmente, no confronto do cristianismo com a civilização técnico-científica e nos problemas de justiça social. É autor de diversos livros, entre os quais, Ética e mídia, liberdade, responsabilidade e sistema, publicado por Paulinas Editora, em 2006.
O primeiro lançamento da obra Paradigma teológico de Tomás de Aquino foi realizado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), no dia 7 de agosto de 2012.

Trecho da entrevista concedida á Revista CULT em sua edição de número 147, falando sobre o Concílio Vaticano II ao jornalista Juvenal Savian Filho
CULT – O senhor insiste na importância do Concílio Vaticano II como um concílio de progresso teológico, moral etc. Mas justamente o fato de ele ter se preocupado com uma atua-
lização da Igreja não fez com que ele falasse mais da Igreja e menos de Deus? Deus não deveria ser a preocupação central da religião?


Frei Carlos –
A novidade do Concílio Vaticano II é que ele não quis ser rígido e enfatizar a disciplina. Para comparar com o Concílio de Trento (1545-1563), podemos dizer que Trento foi muito mais disciplinar, confessional, enquanto o Vaticano II chega a dizer que a Igreja tem de aprender com o mundo (em termos de governo democrático etc.). Foi um concílio muito aberto, que buscou sintonia com o mundo moderno. Onde acho que sua pergunta tem razão é que, na aplicação do Concílio, a linha foi de retorno à disciplina. Para mim, um avanço enorme virá no dia em que a cúria romana for substituída por uma cúria do episcopado mundial com o papa, favorecendo um diálogo entre os leigos e o governo da Igreja. O Concílio punha o acento no caráter mais espiritual, mais místico da Igreja, afirmando que todo cristão é chamado à santidade.
CULT – Mas não seria preciso falar menos da Igreja e mais de Deus?
Frei Carlos –
Justamente. Eu acredito que hoje as religiões têm futuro na medida em que são menos confessionais e mais abertas aos problemas espirituais e culturais da humanidade. Isso vale para todas elas, o budismo, o hinduísmo, os maometanos, os judeus e muito particularmente para os cristãos e católicos. Deus é o Deus de todos, é o amor universal.


                                               

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