segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FELIZ ANO NOVO


                                                                                                                                        
E assim nasceu meu desejo de criar o meu blog, fiz o possivel e o impossivel, em tudo que a ele dediquei

Para você ganhar belíssimo Ano Novo...
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar de arrependimento
pelas besteiras consumadas nem
parvamente acreditar que por decreto

da esperança a partir de Janeiro
as coisas mudem e seja claridade,
recompensa, justiça entre os homens e as nações,

liberdade com cheiro e
gosto de pão matinal, direitos respeitados,
começando pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano-novo que mereça
este nome, você, meu caro, tem de
merecê-lo, tem de fazê-lo novo,

Eu sei que não é fácil mas tente,
experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
dorme e espera desde sempre

                                                          

PRIMEIRO DE ANO


1º de janeiro de 2012

Celebramos hoje o início de mais um ano civil, o ano litúrgico já se iniciou com o primeiro domingo do Advento do ano passado. Com um novo ano civil, um livro aberto se coloca diante de nós; um livro aberto com nada escrito dentro; um livro aberto que consta, neste ano, é bissexto, de 366 páginas; 366 páginas recebemos em branco. Que será escrito durante todo este ano em cada página?

Alguma coisa podemos prever, outras muitas não. Gostaríamos que este novo capítulo, que hoje se inicia, fosse um capítulo belo, fosse um capítulo edificante, fosse um capítulo bonito. Gostaríamos de crescer, também nós, em idade e sabedoria, diante de Deus e diante dos homens. Gostaríamos de crescer nas virtudes humanas e nas virtudes cristãs. Há muita gente que espera muita coisa. Quem sabe, neste ano, uma nova profissão mais rendosa, quem sabe, neste ano, uma conclusão feliz de curso que se prolonga pelo passado, quem sabe, neste ano, o encontro ou reencontro com uma pessoa que marque a própria existência ou a própria vida. Tudo é possível.

É possível que haja coisas belas e também devemos ter os pés no chão; é possível que vamos ao encontro de coisas infelizes, porque a eternidade e, sobretudo, a felicidade definitiva, não é prometida para ninguém neste mundo aqui. De qualquer maneira, o livro está em branco. Tomemos o propósito de iniciar a escrita de cada página, isto é, de cada dia, de uma maneira melhor, de uma maneira qualitativamente superior, de uma maneira tal, que não venhamos a nos arrepender, ou a nos envergonhar, daquilo que escrevemos, ou daquilo que deixamos que outros escrevessem.

A Igreja celebra hoje a festa da maternidade de Maria. Coloquemos este livro em branco nas mãos da Virgem Santíssima e, a cada dia deste ano, peçamos sua ajuda para que aquela página seja bem escrita. Na alegria, na felicidade, na tristeza, na saúde ou na doença; não importa. Que seja uma página bem escrita.

A Igreja celebra também hoje o dia da paz. Saibamos promover a paz dentro de nossas famílias e a nosso redor. E peçamos a Deus, hoje mais do que nunca, pela paz internacional. Juntamente com meus votos de, uma vez mais, um Feliz Ano Novo e, sobretudo, um Ano Novo abençoado de Deus. 

Postado por maria helena às 06:50

domingo, 30 de dezembro de 2012

SAGRADA FAMILIA

                                                                 
Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.

Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:

O exemplo de Nazaré:
...
Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!
Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.
Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.

LIÇÔES DE VIDA


                                                     
A gente sempre aprende depois de um tempo....

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma”.

E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
...

E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Edcleide Campos de Pedro
Oliveirascobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a ultima vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
                                                                

sábado, 29 de dezembro de 2012

O MARINHEIRO

                                              
CERTA VEZ UM JOVEM MARINHEIRO TEVE QUE SUBIR AO MASTRO DURANTE UMA TEMPESTADE.
 AS ONDAS LEVANTAVAM O BARCO PARA ALTURAS ESTONTEANTES E LOGO EM SEGUIDA JOGAVAM-NO PARA PROFUNDEZAS ABISMAIS O JOVEM MARUJO COMEÇOU A SENTIR VERTIGEM E ESTAVA QUASE CAINDO O CAPITÃO GRITOU:
 "MOÇO, OLHE PARA CIMA".
 DE MANEIRA DECIDIDA, O MARINHEIRO DESVIOU O OLHAR SEU OLHAR DAS ONDAS AMEAÇADORAS E OLHOU PARA CIMA.
 ELE CONSEGUIU SUBIR COM SEGURANÇA E EXECUTAR A SUA TAREFA.
 QUANDO OS DIAS DE TRIBULAÇÃO REVOLVEM A NOSSA VIDA, QUANDO AS TEMPESTADES DA VIDA NOS CONFUNDEM, PERDEMOS O EQUILIBRIO E SOMOS AMEAÇADOS DE DESPENCAR.
 ENTRETANTO SE DESVIAR-MOS NOSSO OLHAR DOS PERIGOS E OLHARMOS PARA O AJUDADOR, SE BUSCARMOS A FACE DO SENHOR EM ORAÇÃO E AGARRAMOS A SUA PODEROSA MÃO, NOSSO CORAÇÂO SE AQUIETARÁ, RECEBEREMOS FORÇA E PAZ PARA PODERMOS EXECUTAR AS NOSSAS TAREFAS EM MEIO AS TEMPESTADES E FINALMENTE SEREMOS VITORIOSOS.
                                                 

NOVO DIA

                                       
Mais um novo dia

Aqui estamos nós.
 Aí está você.
O importante MESMO é você saber que você está aí e bem.
Seja como for, você acaba de ganhar mais um dia de presente para viver.
 Por isso, comemore este novo dia.
 Agradeça.
A partir de agora você retoma o contato com a magia de fazer parte da raça humana.
 Viva este evento como algo fantástico.
Afinal, você também é um milagre da natureza.
Cada manhã traz a oportunidade de sintonia com o universo através de múltiplos canais de percepção. Enquanto você ainda está no silêncio, na intimidade dos seus pensamentos, nos devaneios do espírito da rotina de mais um despertar, a vida se revela...
 Emocione-se com os fenômenos da natureza, a chuva, o vento , as nuvens, os trovões, os primeiros raios de sol que estão começando a colorir o céu ...
E principalmente , emocione-se porque você faz parte deste espetáculo...
 Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã.
 Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo. Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para pôr de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo. Esperamos demais para ser generosos, deixando que a demora diminua a alegria de dar espontaneamente. Esperamos demais para ser pais dos nossos filhos pequenos, esquecendo quão curto é o tempo em que eles são pequenos, quão depressa a vida os faz crescer e ir embora. Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos. quem sabe quão logo será tarde demais?? Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o amor, que talvez não seja mais necessário amanhã. Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenharmos no palco. Deus também está esperando - esperando nós pararmos de esperar. Esperando nós começarmos a fazer agora tudo aquilo para o qual este dia e esta vida nos foram dados.

                                                       

SÂO TOMAS BECKET




Em 1155, Henrique II, rei da Inglaterra e de parte da França, nomeou seu chanceler Tomás Becket. Oriundo da Normandia, onde nasceu em 1117, e senhor de grande riqueza, era considerado um dos homens de maior capacidade do seu tempo. Compararam-no a Richelieu, com o qual na realidade se parecia, pelas qualidades de homem de Estado e amor das grandezas. Ficou célebre a visita que fez, em 1158, a Luís VII, rei da França.

Quando vagou a Sé de Canterbury, Henrique II nomeou para ela o chanceler. Tomás foi ordenado sacerdote a 1 de junho de 1162 e sagrado Bispo dois dias depois. Desde então, passou a ser a pessoa mais importante a seguir ao rei e mudou inteiramente de vida, convertendo-se num dos prelados mais austeros.

Convencido de que o cargo de primeiro-ministro e o de príncipe da Inglaterra eram incompatíveis, Tomás pediu demissão do cargo de chanceler, o que descontentou muito o rei. Henrique II ficou ainda mais aborrecido quando, em 1164, por ocasião dos "concílios" de Clarendon e Northampton, o Arcebispo tomou o partido do Papa contra ele. Tomás viu-se obrigado a fugir, disfarçado em irmão leigo, e foi procurar asilo em Compiègne, junto de Luís VII.

Passou, a seguir, à abadia de Pontigny e depois à de Santa Comba, na região de Sens. Decorridos quatro anos, a pedido do Papa e do rei da França, Henrique II acabou por consentir em que Tomás regressasse à Inglaterra. Persuadiu-se de que poderia contar, daí em diante, com a submissão cega do Arcebispo, mas em breve reconheceu que muito se tinha enganado, pois este continuava a defender as prerrogativas da Igreja romana contra as pretensões régias. Desesperado, o rei exclamou um dia: "Malditos sejam os que vivem do meu pão e não me livram deste padre insolente". Quatro cavaleiros tomaram à letra estas palavras, que não eram sem dúvida mais que uma exclamação de desespero. A 29 de dezembro de 1170, à tarde, vieram encontrar-se com Tomás no seu palácio, exigindo que ele levantasse as censuras que tinha imposto. Recusou-se a isso e foi com eles tranquilamente para uma capela lateral da Sé. 

"Morro de boa vontade por Jesus e pela santa Igreja", disse-lhes; e eles abateram-no com as espadas.

São Tomás Becket, rogai por nós!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

SER COMO CRIANÇA

                                                         
A fé consciente é liberdade.
A fé instintiva é escravidão.
A fé mecânica é loucura.
A esperança consciente é força.
A esperança emocional é covardia.
A esperança mecânica é doença.
O amor consciente desperta o amor.
O amor emocional desperta o inesperado.

O amor mecânico desperta o ódio

"Senhor! Dá-me a esperança, leva de mim a tristeza e não a entrega a ninguém.
Senhor! Planta em meu coração a sementeira do amor e arranca de minha alma as rugas do ódio.
Ajuda-me a transformar meus rivais em companheiros, meus companheiros em entes queridos.
Dá-me a razão para vencer minhas ilusões.
Deus! Conceda-me a força para dominar meus desejos.
Fortifica meu olhar para que veja os defeitos de minha alma e venda meus olhos para que eu não cometa os defeitos alheios.
Dá-me o sabor de saber perdoar e afasta de mim os desejos de vingança.
Ajuda-me a fazer feliz o maior número de possível de seres humanos, para ampliar seus dias risonhos e diminuir suas noites tristonhas.
Não me deixe ser um cordeiro perante os fortes e nem um leão diante dos fracos.
Imprime em meu coração a tolerância e o perdão e afasta de minha alma o orgulho e a presunção.
Deus! Encha meu coração com a divina fé...Faz-me uma mulher realmente justa.
 
Soneto da perdida esperança

Perdi o bonde e a esperança.
Volto pálida para casa.
A rua é inútil e nenhum auto
passaria sobre meu corpo.

Vou subir a ladeira lenta
em que os caminhos se fundem.
Todos eles conduzem ao
princípio do drama e da flora.

Não sei se estou sofrendo
ou se é alguém que se diverte
por que não? na noite escassa

 Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei
 

Por céus e mares eu andei,
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber
O que é o amor.

Ninguém sabia me dizer,
Eu já queria até morrer
Quando um velhinho
Com uma flor assim falou:

O amor é o carinho,
É o espinho que não se vê em cada flor.
É a vida quando
Chega sangrando aberta
em pétalas de amor.

Venha, meu coração esta com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça:
Venha que o que vem é perfeição...

                                                

DIAMANTE OU CARVÂO

                                                        
DIAMANTES

Muitos são os que têm decepções na vida
por que fazem suas escolhas
tal como aquele que se põe a recolher para si os brilhantes em seu caminho
pensando que se tratam de diamantes.

Atentai, pois, que em seu estado natural
um diamante mais assemelha-se a um carvão,
e distraindo-se com brilhantes
você poderia nem dar atenção a ele

                                                         

CANÇÃO DE SEMPRE







                                                    

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

                                                       

QUEM SABE UM DIA

                                                               

Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!

Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!

Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!

Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois.

SANTOS INOCENTES

Os Santos Inoc

Os Santos Inocentes A festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, "encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes - ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: 'Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar'. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: 'Do Egito chamarei o meu filho'. Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: 'Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'" (Mt 2,11-20) Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.

Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a destes. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um "bispo", estes cantorzinhos apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas. Depois, o "derrubado" oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.

A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de "pequenos inocentes": crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.

Santos Inocentes, rogai por nós!

COMO EU AMEI ESTA MENSAGEM

    É TUDO QUE EU PRECISAVA PRA HOJE.

Convivencia COMUNITÁRIA: SEGUNDO A IRMÃ ANANIA IMC – MISSIONÁRIA DA CONSOLATA
Nasceu em 13/05/1920, atualmente com quase 93 anos, sendo 73 anos vivendo em comunidade.


Deus nos ama e por isso quer nossa alegria! Vou falar alguma coisa sobre a vida comunitária, a que somos submetidos diariamente.

Vivemos em comunidade sem escolher as pessoas e caminhamos juntos. Cada um é um e tem o seu temperamento. Eu, ele, ela, somos do jeito que somos.

Na Quinta-feira Santa, o Evangelho acompanhado da liturgia nos mostra o “Lava-pés” faz todo um processo de lembrar constantemente a mim mesma que  “eu não posso exigir que quem vive ao meu lado seja do jeito que eu gostaria que fosse”.  E todo este processo leva a pessoa a deixar o espaço para que a outra ou o outro SEJA. É esta a grande lição do Lava-pés.

Pensamos refletindo: “Por que às vezes sou tão exigente com quem vive ao meu lado? Por que olho as diferenças como ameaças e não as vejo como algo que pode me ajudar a crescer? Por que não me convenço de que caminhar em companhia é menos pesado do que carregar sozinha, sozinho, os pesos, as preocupações, os maus momentos, e a partilha é sempre a melhor saída?”

Lemos em São João Bergmans: "Máxima penitência é a vida em comum”. E é a verdade. Pensamos em Jesus, na vida diária com os apóstolos, quanta paciência! Quantas renúncias para não responder! E quando responde, com que mansidão!

Compreendo que para muitos de vocês, como as que estão nas penitenciárias e ambientes em que não há como deixar de viver em companhia a tais e tais pessoas, mesmo em família, deve ser uma grande penitência suportar os (as) colegas, muitas vezes pessoas revoltadas, vingativas, nervosas, sem educação, cheios de si, não se importando com as outras, orgulhosas etc, etc.

O conselho que posso dar a vocês que estão nessa situação forçada é fazer silêncio e a “guerra” acaba. Pensem: então não adianta falar. A razão é sempre deles. O orgulho é algo demoníaco!

Quando vocês percebem que alguma palavra ou seu modo de agir pode atrapalhar, não digam e não façam. Eu considero isso “morrer continuando vivo”. Todos temos a nossa sensibilidade e o mais esperto e o mais virtuoso é o que fica calado. Isso é duro, mas nós, consagrados, devemos caminhar neste caminho.

Jesus lavou os pés de Judas, mesmo sabendo que ele era o traidor! Peçamos a Jesus a graça de aprender a ser humildes e mansos de coração, como Ele era! (Mt 11,29).

Tudo isso que falo para vocês serve também para mim, mesmo que vivo em comunidade bem diferente da de muitos de vocês. Desde 1940 vivo em comunidade e a experiência me diz que, quanto menos falo, mais ganho.

Porém, eu me sinto amada, compreendida, é minha alegria viver junto. As conversas não trazem confusão, mas ajudam a crescer, porque se vê em ambas as partes que, se queremos bem, o que acontece são coisas humanas: hoje eu, amanhã você, e tudo acaba.

Eu sou feliz por viver em comunidade e agradeço ao Senhor de ver muitos exemplos bons que me ajudam a ser melhor. Para viver em comunidade se deve admitir que todos temos o nosso modo de ser: Se eu quero que me suportem, também devo suportar os outros, as outras. Quero sempre ter razão, mas os outros também querem tê-la, e como se faz? Cala-se, e os outros também se calarão por sua vez.

Irmãos que estão nas prisões e lugares de convivência forçada, mesmo em alguns ambientes familiares em que não se pode mandar os maus embora, a situação de vocês é dura, e compreendo muito bem, pois trabalhei por 30 (trinta) anos com os presos e conheço um pouco a vida deles. Numa das penitenciárias trabalhei com a PAC. Passava cineminha para eles, nunca me faltaram com respeito e me queriam bem, como eu queria a eles.

Deus esteja em seus corações e lhes faça sentir cada vez mais a beleza do dom da vida, única, que passa e não volta mais. Aproveitem a vivê-la como um incenso derramando a cada dia o perfume do seu testemunho do amor a Deus por tê-los escolhido pelo Batismo, e amado.

Os sofrimentos pelos quais vocês possam estar passando não são castigos, mas uma prova de amor a respeito de vocês, porque oferecendo a Ele os seus sofrimentos, os purifique e os faça grandes santos e santas.

Rezo sempre por todos os que sofrem, e digo a Nossa Senhora, a Mãe puríssima, que os e as guarde, os e as proteja e faça vocês todos e todas sentirem o carinho de Mãe.

Um feliz ano novo para todos e todas vocês.

           Irmã Anania, Missionária da Consolata.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

SÃO JOÃO

                                                                             
São João
É muito difícil imaginar que esse autor do quarto evangelho e do Apocalípse tenha sido considerado inculto e não douto. Mas foi dessa forma que o sinédrio classificou João, o apóstolo e evangelista, conhecido como "o discípulo que Jesus amava". Ele foi o único apóstolo que esteve com Jesus até a sua morte na cruz.

João era um dos mais jovens apóstolos de Cristo, irmão do discípulo Tiago Maior, ambos filhos de Zebedeu, rico pescador da Betsaida, e de Salomé, uma das mulheres que colaboravam com os discípulos de Jesus. Assim como seu pai, João era pescador, e teve como mestre João Batista, o qual, depois, o enviou a Jesus. João, Tiago Maior, Pedro e André foram os quatro discípulos que mais participaram do cotidiano de Jesus.

Costuma ser definido, entre os apóstolos, como homem de elevação espiritual, mais propenso à contemplação do que à ação. Apesar desse temperamento, foi incumbido por Jesus com o maior número de encargos, estando presente em quase todos os momentos e eventos narrados na Bíblia. Estava presente, por exemplo, quando ressuscitou a filha de Jairo, na Transfiguração de Jesus e na sua aflição no Getsêmani. Também na última ceia, durante o processo e, como vimos, foi o único na hora final. Na cruz, Jesus, vendo-o ao lado da Virgem, lhe confiou a tarefa de cuidar da Mãe, Maria.

Os detalhes que se conhece revelam que, após o Pentecostes, João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois, com Pedro, se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, na companhia de Nossa Senhora. Dessa cidade, organizou e orientou muitas igrejas da Ásia. Durante o governo do imperador Domiciano, foi preso e exilado na ilha de Patmos, na Grécia, onde escreveu o quarto evangelho, o Apocalipse e as epístolas aos cristãos.

Diz a tradição que, antes de o imperador Domiciano exilar João, ele teria sido jogado dentro de um caldeirão de óleo fervente. Mas saiu ileso, vivo, sem nenhuma queimadura. João morreu, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus, e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade.

O evangelho de João fala dos mistérios de Jesus, mostrando os discursos do Mestre com uma visão mais aguçada, mais profunda. Enquanto os outros três descrevem Jesus em ação, João nos revela Jesus em comunhão e meditação, ou seja, em toda a sua espiritualidade. Os primeiros escritos de João foram encontrados em fragmentos de papiros no Egito, por isso alguns estudiosos acreditam que ele tenha visitado essas regiões.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

É NATAL

Para colocar comida em casa – Eras uma criança
Cantavas em casamentos, batizados, becos de sombras, pontas de ruas, e dizias:
-Gente, eu Canto porque tenho fome...
Perdoem se meu canto é rude
e primário e amargo e triste.
Se minha dor entrar em transe,
e meu canto for melancólico, perdoem
Minha mãe, meus irmãos precisam comer...
(Eu poderia morrer – sobraria mais comida pra todos eles
Mas, quem os sustentaria com o canto triste,
feito um pardal rueiro?)
Ainda muito criança, de tudo, cantaste nas ruas
Nas praças;
a voz de início fraca como uma taquara rachada
Mas a dor engrossa a voz, afina a alma, tange a tristice.
E os sentimentos  rompem
como um canto da Terra de Guilgamesh
Olhem meus olhos. São tristes.
Olhem minha cara. Tenho cara de pobre?
Pois eu sou pobre.
Minha infância, meu canto,
minha voz soando nos corações, o que diz?
Meus olhos, às vezes, ficam marejados quando eu canto.
(As pessoas não compreendem a dor que eu sinto.
Sou eu essa voz, essa dor, esse canto.)
Uma criança canta para a família não morrer de fome.
Não tenho dinheiro
nem para alugar um simples tambor barato
que me acompanhe feito um coração serelepe.
Não tenho forças nem para bater palmas
com o meu cantar
Não tenho muita força nem para me manter em pé,
me sustentar. Sou uma criança...
Mas é o meu canto que me segura;
minha voz sustenta meu corpo fraco
Sou todo eu, essa voz que vocês ouvem
(Mas alguns me olham detravessado
Alguns se repugnam,
como se eu fosse uma criança leprosa
Alguns têm medo da minha tristeza e da minha miséria
Mas eu sou só uma criança pobre de rua que canta)
Perdoem meu canto, minha dor de existir;
preciso levar algumas moedas para casa
Para podemos louvar a Deus
antes do prato de sopa de pedras
Perdoem se minhas lágrimas estão nos meus cantos,
nas minhas vestes simples, nas minhas palavras...
Não posso nem dançar uma dança tribal;
eu morreria de cansado,
eu não teria forçar para sobreviver cantando e dançando
Então eu danço com a voz;
perdoem o tambor do meu coração sofrido
Perdoem se eu sou uma criança com fome que canta
Levem meu Canto para onde forem. Suas casas, palácios,igrejas e clubes.
E cantem vossos cantos por mim também,
em meu nome,
em nome daquele que vocês adornam
no presépio elétrico...
Todos os dias as pessoas se afastam da religião
e vão em busca de um Deus verdadeiro
Mas eu tenho fome, e tenho sede e preciso das migalhas que caem das mesas de vocês...
Se vocês puderem me ajudar;
se eu não tiver atrapalhando o comércio
e o lucro de vocês
(e os deuses de vocês - e as guerras de vocês)
Sei que, às vezes, para os sábios,
a fé remove religião,
mas a única religião deveria ser o amor...
Mas, o que uma criança pode entender,
se não só cantar a sua angústia,
a sua opressão, a sua dor; a dor que lhe deram?
E precisa se sustentar nessa dor para sobreviver
E levar alguns tostões para casa.
E dizer à mãe abandonada;
e dizer aos irmãos humildes e esperançosos:
-Eis o meu suor, eis a minha dor, eis o meu sangue...
Comei e bebei de mim,
de minha dor, de meu amor, de minha fé.
E todos se alimentarão do meu canto em sangue.
E do meu amor lavrado de cantagoniasV

O QUE È NATAL?

                                       
O que é o Natal?
Por que é Natal?
Será que ele existe?
Quem o criou?
Com que intenção?
É ser? Sentimento? Canção?
Ou será um momento de reflexão?
O bem que nasceu
Um ser novo
De uma mulher tão simples
Enviado, o Messias, esse era o seu nome
Para salvar o povo?
Salvar de quem? Senão do próprio homem
Vestido e revestido de maldade e crueldade
De tirania, soberba, preguiça e covardia
Dos sete pecados capitais?
Quais são mesmo?
Você se lembra?
Já nem me lembro mais
O tempo passou, o Salvador morreu, ressuscitou
Retornou para o lado de quem lhe mandou
O homem teve conserto? Salvou-se?
O mundo para nesta data especial
Por um dia apenas
Será que vale a pena?
Depois, tudo continua como era antes
As lutas, as labutas, todo tipo de disputas
E vai continuar assim, sabe por quê?
O mundo é feito de gente, muita gente
Iguais e diferentes
De mim e de você!

                                   

OBRIGADA MEU SENHOR

                                                  
Que nesta oitava de Natal,
eu possa lembrar dos que vivem em guerra,
e fazer por eles uma prece de paz.

Que eu possa lembrar dos que odeiam,
e fazer por eles uma prece de amor.

Que eu possa perdoar a todos que me magoaram,
e fazer por eles uma prece de perdão.

Que eu lembre dos desesperados,
e faça por eles uma prece de esperança.

Que eu esqueça as tristezas do ano que termina,
e faça uma prece de alegria.

Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor,
e faça por ele uma prece de fé.

Obrigada Senhor
Por ter alimento,
quando tantos passam o ano com fome.

Por ter saúde,
quando tantos sofrem neste momento.

Por ter um lar,
quando tantos dormem nas ruas.

Por ser feliz,
quando tantos choram na solidão.

Por ter amor,
quantos tantos vivem no ódio.

Pela minha paz,
quando tantos vivem o horror da guerra

SANTO ESTEVÃO

                                                
A primeira pessoa que derramou seu sangue testemunhando a fé em Jesus Cristo foi santo Estevão. Este jovem, pertencente a primeira comunidade cristã, morreu apedrejado pelas lideranças judaicas. 

Estevão foi eleito diácono da comunidade, ou seja, cabia a ele servir os pobres e as viúvas, recolhendo e distribuindo alimentos. Ele era um verdadeiro ministro da caridade, mas não se limitava ao trabalho social de que fora incumbido. Não perdia a chance de divulgar e pregar a Palavra de Cristo, e o fazia com tanto fervor e zelo, que chamou a atenção dos judeus. 

Levado diante das autoridades judaicas, foi caluniado e acusado de subverter as leis de Moisés. Mas o jovem, inspirado pelo Espírito Santo, relembrou toda a história da salvação, mostrando que não havia blasfemado nem contra Deus nem contra a Lei. 

As lideranças, porém, ficaram ainda mais iradas e o levaram aos gritos para fora da cidade, apedrejarando-o até a morte. Antes de tombar morto, Estevão repetiu as palavras de Jesus no Calvário, pedindo a Deus perdão para seus agressores. Entre os acusadores estava o futuro São Paulo.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O PAPA E O NATAL 2012


SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR

HOMILIA DO SANTO PADRE BENTO XVI 

Basílica Vaticana
24 de Dezembro de 2012 

Amados irmãos e irmãs!

A beleza deste Evangelho não cessa de tocar o nosso coração: uma beleza que é esplendor da verdade. Não cessa de nos comover o facto de Deus Se ter feito menino, para que nós pudéssemos amá-Lo, para que ousássemos amá-Lo, e, como menino, Se coloca confiadamente nas nossas mãos. Como se dissesse: Sei que o meu esplendor te assusta, que à vista da minha grandeza procuras impor-te a ti mesmo. Por isso venho a ti como menino, para que Me possas acolher e amar.

Sempre de novo me toca também a palavra do evangelista, dita quase de fugida, segundo a qual não havia lugar para eles na hospedaria. Inevitavelmente se põe a questão de saber como reagiria eu, se Maria e José batessem à minha porta. Haveria lugar para eles? E recordamos então que esta notícia, aparentemente casual, da falta de lugar na hospedaria que obriga a Sagrada Família a ir para o estábulo, foi aprofundada e referida na sua essência pelo evangelista João nestes termos: «Veio para o que era Seu, e os Seus não O acolheram» (Jo 1, 11). Deste modo, a grande questão moral sobre o modo como nos comportamos com os prófugos, os refugiados, os imigrantes ganha um sentido ainda mais fundamental: Temos verdadeiramente lugar para Deus, quando Ele tenta entrar em nós? Temos tempo e espaço para Ele? Porventura não é ao próprio Deus que rejeitamos? Isto começa pelo facto de não termos tempo para Deus. Quanto mais rapidamente nos podemos mover, quanto mais eficazes se tornam os meios que nos fazem poupar tempo, tanto menos tempo temos disponível. E Deus? O que diz respeito a Ele nunca parece uma questão urgente. O nosso tempo já está completamente preenchido. Mas vejamos o caso ainda mais em profundidade. Deus tem verdadeiramente um lugar no nosso pensamento? A metodologia do nosso pensamento está configurada de modo que, no fundo, Ele não deva existir. Mesmo quando parece bater à porta do nosso pensamento, temos de arranjar qualquer raciocínio para O afastar; o pensamento, para ser considerado «sério», deve ser configurado de modo que a «hipótese Deus» se torne supérflua. E também nos nossos sentimentos e vontade não há espaço para Ele. Queremo-nos a nós mesmos, queremos as coisas que se conseguem tocar, a felicidade que se pode experimentar, o sucesso dos nossos projectos pessoais e das nossas intenções. Estamos completamente «cheios» de nós mesmos, de tal modo que não resta qualquer espaço para Deus. E por isso não há espaço sequer para os outros, para as crianças, para os pobres, para os estrangeiros. A partir duma frase simples como esta sobre o lugar inexistente na hospedaria, podemos dar-nos conta da grande necessidade que há desta exortação de São Paulo: «Transformai-vos pela renovação da vossa mente» (Rm 12, 2). Paulo fala da renovação, da abertura do nosso intelecto (nous); fala, em geral, do modo como vemos o mundo e a nós mesmos. A conversão, de que temos necessidade, deve chegar verdadeiramente até às profundezas da nossa relação com a realidade. Peçamos ao Senhor para que nos tornemos vigilantes quanto à sua presença, para que ouçamos como Ele bate, de modo suave mas insistente, à porta do nosso ser e da nossa vontade. Peçamos para que se crie, no nosso íntimo, um espaço para Ele e possamos, deste modo, reconhecê-Lo também naqueles sob cujas vestes vem ter connosco: nas crianças, nos doentes e abandonados, nos marginalizados e pobres deste mundo.

Na narração do Natal, há ainda outro ponto que gostava de reflectir juntamente convosco: o hino de louvor que os anjos entoam depois de anunciar o Salvador recém-nascido: «Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens do seu agrado». Deus é glorioso. Deus é pura luz, esplendor da verdade e do amor. Ele é bom. É o verdadeiro bem, o bem por excelência. Os anjos que O rodeiam transmitem, primeiro, a pura e simples alegria pela percepção da glória de Deus. O seu canto é uma irradiação da alegria que os inunda. Nas suas palavras, sentimos, por assim dizer, algo dos sons melodiosos do céu. No canto, não está subjacente qualquer pergunta sobre a finalidade; há simplesmente o facto de transbordarem da felicidade que deriva da percepção do puro esplendor da verdade e do amor de Deus. Queremos deixar-nos tocar por esta alegria: existe a verdade; existe a pura bondade; existe a luz pura. Deus é bom; Ele é o poder supremo que está acima de todos os poderes. Nesta noite, deveremos simplesmente alegrar-nos por este facto, juntamente com os anjos e os pastores.

E, com a glória de Deus nas alturas, está relacionada a paz na terra entre os homens. Onde não se dá glória a Deus, onde Ele é esquecido ou até mesmo negado, também não há paz. Hoje, porém, há correntes generalizadas de pensamento que afirmam o contrário: as religiões, mormente o monoteísmo, seriam a causa da violência e das guerras no mundo; primeiro seria preciso libertar a humanidade das religiões, para se criar então a paz; o monoteísmo, a fé no único Deus, seria prepotência, causa de intolerância, porque pretenderia, fundamentado na sua própria natureza, impor-se a todos com a pretensão da verdade única. É verdade que, na história, o monoteísmo serviu de pretexto para a intolerância e a violência. É verdade que uma religião pode adoecer e chegar a contrapor-se à sua natureza mais profunda, quando o homem pensa que deve ele mesmo deitar mão à causa de Deus, fazendo assim de Deus uma sua propriedade privada. Contra estas deturpações do sagrado, devemos estar vigilantes. Se é incontestável algum mau uso da religião na história, não é verdade que o «não» a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, apaga-se também a dignidade divina do homem. Então, este deixa de ser a imagem de Deus, que devemos honrar em todos e cada um, no fraco, no estrangeiro, no pobre. Então deixamos de ser, todos, irmãos e irmãs, filhos do único Pai que, a partir do Pai, se encontram interligados uns aos outros. Os tipos de violência arrogante que aparecem então com o homem a desprezar e a esmagar o homem, vimo-los, em toda a sua crueldade, no século passado. Só quando a luz de Deus brilha sobre o homem e no homem, só quando cada homem é querido, conhecido e amado por Deus, só então, por mais miserável que seja a sua situação, a sua dignidade é inviolável. Na Noite Santa, o próprio Deus Se fez homem, como anunciara o profeta Isaías: o menino nascido aqui é «Emmanuel – Deus-connosco» (cf. Is 7, 14). E verdadeiramente, no decurso de todos estes séculos, não houve apenas casos de mau uso da religião; mas, da fé no Deus que Se fez homem, nunca cessou de brotar forças de reconciliação e magnanimidade. Na escuridão do pecado e da violência, esta fé fez entrar um raio luminoso de paz e bondade que continua a brilhar.

Assim, Cristo é a nossa paz e anunciou a paz àqueles que estavam longe e àqueles que estavam perto (cf. Ef 2, 14.17). Quanto não deveremos nós suplicar-Lhe nesta hora! Sim, Senhor, anunciai a paz também hoje a nós, tanto aos que estão longe como aos que estão perto. Fazei que também hoje das espadas se forjem foices (cf. Is 2, 4), que, em vez dos armamentos para a guerra, apareçam ajudas para os enfermos. Iluminai a quantos acreditam que devem praticar violência em vosso nome, para que aprendam a compreender o absurdo da violência e a reconhecer o vosso verdadeiro rosto. Ajudai a tornarmo-nos homens «do vosso agrado»: homens segundo a vossa imagem e, por conseguinte, homens de paz.

Logo que os anjos se afastaram, os pastores disseram uns para os outros: Coragem! Vamos até lá, a Belém, e vejamos esta palavra que nos foi mandada (cf. Lc 2, 15). Os pastores puseram-se apressadamente a caminho para Belém – diz-nos o evangelista (cf. 2, 16). Uma curiosidade santa os impelia, desejosos de verem numa manjedoura este menino, de quem o anjo tinha dito que era o Salvador, o Messias, o Senhor. A grande alegria, de que o anjo falara, apoderara-se dos seus corações e dava-lhes asas.

Vamos até lá, a Belém: diz-nos hoje a liturgia da Igreja. Trans-eamus – lê-se na Bíblia latina – «atravessar», ir até lá, ousar o passo que vai mais além, que faz a «travessia», saindo dos nossos hábitos de pensamento e de vida e ultrapassando o mundo meramente material para chegarmos ao essencial, ao além, rumo àquele Deus que, por sua vez, viera ao lado de cá, para nós. Queremos pedir ao Senhor que nos dê a capacidade de ultrapassar os nossos limites, o nosso mundo; que nos ajude a encontrá-Lo, sobretudo no momento em que Ele mesmo, na Santa Eucaristia, Se coloca nas nossas mãos e no nosso coração.

Vamos até lá, a Belém! Ao dizermos estas palavras uns aos outros, como fizeram os pastores, não devemos pensar apenas na grande travessia até junto do Deus vivo, mas também na cidade concreta de Belém, em todos os lugares onde o Senhor viveu, trabalhou e sofreu. Rezemos nesta hora pelas pessoas que actualmente vivem e sofrem lá. Rezemos para que lá haja paz. Rezemos para que Israelitas e Palestinianos possam conduzir a sua vida na paz do único Deus e na liberdade. Peçamos também pelos países vizinhos – o Líbano, a Síria, o Iraque, etc. – para que lá se consolide a paz. Que os cristãos possam conservar a sua casa naqueles países onde teve origem a nossa fé; que cristãos e muçulmanos construam, juntos, os seus países na paz de Deus.

Os pastores apressaram-se… Uma curiosidade santa e uma santa alegria os impelia. No nosso caso, talvez aconteça muito raramente que nos apressemos pelas coisas de Deus. Hoje, Deus não faz parte das realidades urgentes. As coisas de Deus – assim o pensamos e dizemos – podem esperar. E todavia Ele é a realidade mais importante, o Único que, em última análise, é verdadeiramente importante. Por que motivo não deveríamos também nós ser tomados pela curiosidade de ver mais de perto e conhecer o que Deus nos disse? Supliquemos-Lhe para que a curiosidade santa e a santa alegria dos pastores nos toquem nesta hora também a nós e assim vamos com alegria até lá, a Belém, para o Senhor que hoje vem de novo para nós. Amen. 

COMEMORAÇÃO DO NATAL

   
                                                                                                                                                      
 Amavél festa, a do nascimento do SALVADOR!
 É sempre com um sentido de felicidade que o saudamos,  e ela revive, por nosso amor, e se perpetua pela Eucaristia. As revelações entre Belém e o Cenáculo são inseparáraveis e como que se completam.

          A  Eucaristia foi semeada em Belém. Com efeito, o que é a Eucaristia senão o trigo dos eleitos ,o pão vivo?
    Ora, o trigo se semeia; é necessário que ele caia na terra, que germine, que amadureça até que, ceifado, seja  triturado para se tranformar em pão alimentício.

      Ao nascer no dia  hoje sobre a palha do presépio, o Verbo preparava sua Eucaristia, que  ELE considerava como o complemento de todos os mistérios de sua vida . JESUS viera se unir ao homem; durante sua vida, estabeleceria com ele a união de graça, de exemplos e de méritos, mas somente  na Eucaristia deveria consumar a mais perfeita união de que o homem é capaz neste mundo. Não devemos perder de vista este pensamento DIVINO, isto é, união de Graça por meio dos mistérios de sua vida e morte- união de corpo e de pessoa na EUCARISTIA, preparando uma e outra, a consumação da unidade na GLÓRIA.


                                           

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

MISSA DO GALO

                                                       
            Ah, quão tocante é a missa do galo no mundo Cristão!
 
È o fato de JESUS renascer de um modo real sobre o alta, embora que num estado diferente, que imprime a nossa festa de Natal os seus encantos, a alegria aos noss hinos, o transporte aos ...nossos corações.

A Eucaristia começa em Belém: aí está o Emanuel que vem habitar no meio do seu povo; começa nesse dia a viver entre nós, e a Eucaristia perpetuará sua presença. Lá, o verbo se fez carne sem que sintamos repugnância.
Em Belém, JESUS começa também a praticar as virtudes do estado sacramental. Oculta sua divindade para acostumar o homem a tratar com DEUS e esconde sua gloria divina a fim de chegar, gradativamente, a esconder mesmo a sua humanidade; tolhe o seu poder pela fraqueza dos membros infantis: mais tarde há de torna-lo cativo sob as santas espécies. Faz-se pobre, despoja-se de toda propriedade, ele que é CRIADOR e Soberano Senhor de todas as coisas.
 
 O presepio não Lhe pertence, foi-Lhe dado por esmola; vive, com sua Mãe, das ofertas dos pastores e dos presentes dos Magos. Mais tarde, na Eucaristia , há de pedir ao homem abrigo, matéria para o Sacramento, e vestes para o Seu sacerdote e o Seu altar.
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domingo, 23 de dezembro de 2012

MENSAGEM DO PAPA

Bom dia e Feliz Natal!!! Bento XVI destaca a "beleza do acolhimento", neste tempo de Natal

Se não temos espaço para o outro, não temos lugar para Jesus!

...
A “beleza do acolhimento” foi sublinhada pelo Papa Bento XVI neste domingo, 23, ao meio-dia (ROMA), na Praça de São Pedro, antes da recitação das Ave-Marias, já em clima de Natal.

Comentando o evangelho do dia – a visitação de Maria a sua prima Isabel (Lc 1, 29-45), o Santo Padre observou que “esta cena exprime também a beleza do acolhimento”, recomendando a escuta, o dar espaço, o que – assegurou – comporta a presença de Deus e da alegria que d’Ele vem.

“Este gesto não significa um mero gesto de cortesia, mas representa com grande simplicidade o encontro do Antigo com o Novo Testamento. De fato, as duas mulheres, ambas grávidas, encarnam a espera e o Esperado”.

“A idosa Isabel – explicou o Papa – simboliza Israel que espera o Messias, ao passo que a jovem Maria leva em si o cumprimento dessa expectativa, a bem de toda a humanidade. Nas duas mulheres se encontram e reconhecem, antes de mais nada, os frutos do seu seio, João e Cristo”.

Recordando a saudação de Isabel a Maria, o Papa observou que o texto evangélico evoca expressões do Antigo Testamento: “A expressão 'bendita és tu entre as mulheres' é referida no Antigo Testamento a Jael e Judite, duas mulheres guerreiras que intervêm para salvar Israel. Agora é dirigida a Maria, jovenzinha pacífica que está para gerar o Salvador do mundo”.

Do mesmo modo – acrescentou ainda o Papa - o sobressalto de alegria de João alude à dança do rei Davi quando acompanhou a entrada da Arca da Aliança em Jerusalém. “A Arca, que continha as tábuas da Lei, o maná e o cetro de Arão, era o sinal da presença de Deus no meio do seu povo. João que vai nascer exulta de alegria diante de Maria, Arca da nova Aliança, que leva no seio Jesus, o Filho de Deus feito homem”.

O Santo Padre enfatizou que a cena da Visitação expressa também a beleza do gesto de acolher. Onde há acolhimento recíproco, escuta, o dar espaço ao outro, disse o Papa, aí está Deus e a alegria que d’Ele vem.

"Imitemos Maria no tempo de Natal, visitando quantos vivem em situações de precariedade, em particular os doentes, os presos, os idosos e as crianças. E imitemos também Isabel, que acolhe o hóspede como o próprio Deus. Sem O desejarmos, nunca O conheceremos; sem aguardá-Lo, não O encontraremos; sem O procurar, não O encontraremos.”

Bento XVI concluiu desejando a todos um bom domingo e, desde já, aquela serenidade que permita viver bem as próximas festas de Natal.

Pe Luizinho Canção Nova.
 Bom dia e Feliz Natal!!! Bento XVI destaca a "beleza do acolhimento", neste tempo de Natal
 
Se não temos espaço para o outro, não temos lugar para Jesus!
 
A “beleza do acolhimento” foi sublinhada pelo Papa Bento XVI neste domingo, 23, ao meio-dia (ROMA), na Praça de São Pedro, antes da recitação das Ave-Marias, já em clima de Natal.
 
Comentando o evangelho do dia – a visitação de Maria a sua prima Isabel (Lc 1, 29-45), o Santo Padre observou que “esta cena exprime também a beleza do acolhimento”, recomendando a escuta, o dar espaço, o que – assegurou – comporta a presença de Deus e da alegria que d’Ele vem.
 
“Este gesto não significa um mero gesto de cortesia, mas representa com grande simplicidade o encontro do Antigo com o Novo Testamento. De fato, as duas mulheres, ambas grávidas, encarnam a espera e o Esperado”.
 
“A idosa Isabel – explicou o Papa – simboliza Israel que espera o Messias, ao passo que a jovem Maria leva em si o cumprimento dessa expectativa, a bem de toda a humanidade. Nas duas mulheres se encontram e reconhecem, antes de mais nada, os frutos do seu seio, João e Cristo”.
 
Recordando a saudação de Isabel a Maria, o Papa observou que o texto evangélico evoca expressões do Antigo Testamento: “A expressão 'bendita és tu entre as mulheres' é referida no Antigo Testamento a Jael e Judite, duas mulheres guerreiras que intervêm para salvar Israel. Agora é dirigida a Maria, jovenzinha pacífica que está para gerar o Salvador do mundo”.
 
Do mesmo modo – acrescentou ainda o Papa - o sobressalto de alegria de João alude à dança do rei Davi quando acompanhou a entrada da Arca da Aliança em Jerusalém. “A Arca, que continha as tábuas da Lei, o maná e o cetro de Arão, era o sinal da presença de Deus no meio do seu povo. João que vai nascer exulta de alegria diante de Maria, Arca da nova Aliança, que leva no seio Jesus, o Filho de Deus feito homem”.
 
O Santo Padre enfatizou que a cena da Visitação expressa também a beleza do gesto de acolher. Onde há acolhimento recíproco, escuta, o dar espaço ao outro, disse o Papa, aí está Deus e a alegria que d’Ele vem.
 
"Imitemos Maria no tempo de Natal, visitando quantos vivem em situações de precariedade, em particular os doentes, os presos, os idosos e as crianças. E imitemos também Isabel, que acolhe o hóspede como o próprio Deus. Sem O desejarmos, nunca O conheceremos; sem aguardá-Lo, não O encontraremos; sem O procurar, não O encontraremos.”
 
Bento XVI concluiu desejando a todos um bom domingo e, desde já, aquela serenidade que permita viver bem as próximas festas de Natal.