quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

DESPEDIDA DE UM PAPA AO SEU MINISTÈRIO

Bento 16, o primeiro papa a abrir uma conta de Twitter, será também marcado como o primeiro líder da Igreja Católica a ter seus momentos finais de pontificado transmitidos ao vivo para o mundo, nesta quinta-feira.

O Centro de TV do Vaticano

Seguido por câmeras, Bento 16 terá despedida em estilo 'Big Brother'
"Bento 16"
(CTV) pretende registrar as horas finais de Bento 16 como papa com um total de 26 câmeras, que o seguirão pelo Palácio Apostólico do Vaticano até ele embarcar em um helicóptero, às 17h locais (13h de Brasília) em direção a Castel Gandolfo, a residência de verão dos papas.

Em Castel Gandolfo, Bento 16, o primeiro pontífice a renunciar ao cargo em quase seis séculos, fará uma última saudação aos fiéis a partir de uma janela antes de deixar oficialmente o posto, às 20h (16h de Brasília).

'Pretendemos registrar esses momentos respeitando a pessoa do papa e informando aos fiéis que querem apoiar Bento 16 num momento tão importante como esse', afirmou o monsenhor Dario Edoardo Viganó, diretor da CTV.

A superexposição de Bento 16 em seus últimos momentos como papa deve contrastar com o recolhimento pretendido por ele a partir da sexta-feira, já como 'papa emérito' Bento 16.

Após dois meses em Castel Gandolfo, Bento 16 deverá se mudar definitivamente para um convento dentro dos jardins do Vaticano, onde pretende, em suas palavras, viver uma vida de orações e estudos, longe dos olhos do mundo.

Despedida dos cardeais
Pela manhã desta quinta-feira, ainda no Vaticano, o papa deve se despedir oficialmente dos cardeais presentes em Roma

Espera-se que, entre os temas do encontro, esteja o conteúdo do relatório confidencial sobre os documentos vazados do Vaticano no ano passado. O relatório, preparado por três cardeais, foi entregue a Bento 16 na segunda-feira.

Segundo a mídia italiana, os documentos indicariam disputas de poder dentro da Cúria Romana, além de possíveis escândalos de corrupção e sexuais. O conteúdo do relatório não foi divulgado oficialmente.

Muitos analistas consideram também que o relatório poderá influenciar a escolha do próximo pontífice, esperada para se iniciar por volta do dia 10 de março no conclave formado pelos cardeais com menos de 80 anos.

Há 117 cardeais com direito a participar do conclave, mas dois já anunciaram sua abstenção - o escocês Keith O'Brien, que renunciou na segunda-feira ao cargo de arcebispo de St. Andrews e Edimburgo após ser acusado de 'atos impróprios' contra padres nos anos 1980, e o cardeal Julius Darmaatmadja, chefe da Igreja Católica na Indonésia, que alegou problemas de visão.

Entre os cardeais eleitores estão cinco brasileiros - dom Cláudio Hummes, de 78 anos, ex-arcebispo de São Paulo e atual prefeito emérito da Congregação para o Clero, dom Geraldo Majella Agnelo, de 79, arcebispo emérito de Salvador, dom Odilo Scherer, de 63, arcebispo de São Paulo, dom Raymundo Damasceno Assis, de 76, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), e dom João Braz de Aviz, de 64, ex-arcebispo de Brasília.

Dom Odilo Scherer é apontado em várias listas como um dos possíveis candidatos a se tornar papa, assim como, em menor grau, dom João Braz de Aviz, que vive em Roma e é o atual prefeito da Congregação para os Institutos da Vida Cosagrada e Sociedades da Vida Apostólica.

Última audiência pública
Na manhã da quarta-feira, Bento 16 participou de seu último grande evento público, no Vaticano. Diante de uma Praça de São Pedro lotada, ele saudou os fiéis a bordo de seu papamóvel antes de proferir um discurso e saudações em várias línguas, incluindo o português.

No discurso de sua última audiência geral, Bento 16 expressou gratidão pelos mais de oito anos de seu pontificado, mas admitiu que enfrentou 'águas agitadas' durante o período.

Bento 16 afirmou que seu papado foi um 'fardo pesado', mas que foi guiado por Deus e sentiu sua presença 'todos os dias'.
'Senti-me como São Pedro com seus apóstolos no Mar da Galileia', afirmou o papa, em referência a uma história bíblica em que Jesus Cristo teria aparecido para discípulos nesse local.

'Houve momentos nos quais os mares estavam revoltos, os ventos sopravam contra nós e parecia que o Senhor estava dormindo', disse.

Ao analisar o discurso do papa, o cardeal brasileiro dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, afirmou que Bento 16 'falou com o coração, com emoção, embora não deixe extravasar muito isso'.

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

VIA SACRA REPARADORA

Via-Sacra Reparadora

Primeira Estação: Jesus é condenado à morte 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando Fostes condenado à morte e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Segunda Estação: Jesus aceita a pesada cruz 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando tomastes a pesada Cruz e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Terceira Estação: Jesus cai por terra 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando caístes por terra e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Quarta Estação: Jesus encontra Maria Santíssima 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando encontrastes a Mãe Santíssima e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Quinta Estação: Jesus é ajudado por Cirineu 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando o Cireneu Vos auxiliou e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Sexta Estação: Verônica enxuga a Face de Jesus 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando Verônica enxugou Vosso rosto e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Sétima Estação: Jesus cai pela segunda vez 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando novamente caístes e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Oitava Estação: Jesus pede que as mulheres não chorem 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando Vos consolaram as mulheres de Jerusalém e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Nona Estação: Jesus cai pela terceira vez 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando caístes pela terceira vez e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Décima Estação: Jesus é despido de suas vestes 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando Vos despiram publicamente e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Décima Primeira Estação: Jesus é cravado na cruz 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando Vos cravaram na Cruz e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Décima Segunda Estação: Jesus morre na cruz 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando expirastes no Calvário e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Décima Terceira Estação: Jesus é descido da cruz 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando Vos desceram da Cruz e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

Décima Quarta Estação: Jesus é sepultado 

Oh! meu Bom Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando Vos sepultaram e pelos merecimentos de Vossa Mãe Santíssima e das almas reparadoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

GOTAS DE SANGUE DE JESUS


Como sabemos este mês de julho é inteiramente dedicado ao sangue de Jesus, por isso, aprofundemos mais sobre este assunto.
O texto representa uma cópia da carta ditada por Nosso Senhor Jesus Cristo às santas: Matilda, Bridget e Isabel de Hungria, que pediam a Jesus detalhes sobre sua Paixão antes da crucificação.
Recebe o nome de: “A Oração” e foi encontrada no Santo Sepulcro de Jerusalém no final de 1800.
Se guarda hoje no Vaticano em uma caixa de prata desde que em 5 de Abril de 1890 em Roma a reconheceu o Papa Leão XIII.
A carta relata as Palavras de Cristo em Sua aparição as santas.
Seu propósito é:
Consagração das Gotas de Sangue que Cristo perdeu em Seu caminho ao Calvário.
Desci do céu à terra para converter-vos. Na antiguidade as pessoas eram religiosas e suas colheitas abundantes; no tempo presente, pelo contrário, são escassas.
Se quiseres colher com abundância não deveis trabalhar aos Domingos, pois nos Domingos deveis ir a Igreja e rezar para que Deus perdoe vossos pecados.
Ele vos deu seis dias para trabalhar e um para o descanso e a devoção, para oferecer vossa ajuda ao pobre e assistir a Missa.
As pessoas que disputam contra Minha religião ou lançam calúnias sobre esta Carta Sagrada, serão por Meu amparo abandonadas.
Pelo contrário, aquelas que levem consigo uma cópia desta Carta, se livrarão de morrer por afogamento ou de forma repentina; de morrer de enfermidades contagiosas ou por raio; de morrer sem confissão, se livrarão de seus inimigos e da mão da autoridade injusta, e de todos os seus difamadores e falsos testemunhos.
As mulheres que no tempo de parto se achem em perigo, conservando com elas esta Oração, superarão a dificuldade imediatamente.
Nas casas onde se guarde esta Oração nunca ocorrerá nada de mau: e quarenta dias antes da morte de uma pessoa que possua esta Oração, a Santíssima Virgem lhe aparecerá.
+ Assim o disse a São Gregório.
A todo fiel que recite durante 3 anos, cada dia, dois Pai-Nossos, duas Ave-Marias e dois Glórias, em honra das gotas de sangue que perdi, lhe concederei as cinco graças seguintes:
1.- A indulgência plenária e remissão de seus pecados.
2.- Estará livre das penas do Purgatório.
3.- Se tiver que morrer antes de completar os três anos, para ele será como se os tivesse completado.
4.- A hora de sua morte, será como se houvesse derramado todo seu sangue pela Santa Fé.
5.- Eu mesmo, descenderei do céu para levar sua alma e a de seus familiares, até a quarta geração.
+ Que se saiba:
* O número de soldados armados era de 150; os que Me arrastaram amarrado foram 23.
* Os carrascos, 83; os golpes recebidos em Minha cabeça, 150; em Meu estômago, 108; os pontapés em Meus ombros, 80.
* Fui, atado, levado arrastado pelo cabelo 24 vezes; cuspiram sobre Meu rosto 180 vezes; fui golpeado 6666 vezes no corpo; 100 vezes na cabeça.
* Fui brutalmente empurrado e as 12h em ponto levantado pelos cabelos; espetado com espinhos e arrancaram a barba 23 vezes; recebi 20 feridas na cabeça; (farpas secas, 72); pontas de espinho em minha cabeça, 110; espinhas mortais na fronte, 3.
* Depois fui açoitado e vestido como um rei de burla; as feridas no corpo, 1000.
* Os soldados que me levaram ao Calvário foram 608; me olharam 3, e riram de Mim 1008; as gotas de Sangue que perdi foram 28.430.”
Pe Pio e o sangue de Cristo
“Contemplemos com devoção o sangue de Jesus derramado até a última gota por nós na cruz pela redenção da humanidade

VIA SACRA DO AMOR ESPANHOL

Via Sacra do Amor Esponsal.


Maria Emmir Oquendo Nogueira (Co-fundadora da Comunidade Católica Shalom)
(Baseada no Escrito “Amor Esponsal” da Comunidade Católica Shalom)
Ressuscitou
PRIMEIRA ESTAÇÃO
JESUS É CONDENADO À MORTE
a paixao de cristo -  gibson - com pilatos
V. Nós te adoramos, Amado Nosso, e te bendizemos.
R. Porque por tua santa cruz remiste o mundo e nos ensinaste a medida do amor.
Do Evangelho de S. Marcos, 15, 14-15
Eles gritaram ainda mais: “Crucifica-O!” Pilatos, decidido a satisfazer a multidão, soltou-lhes Barrabás e, quanto a Jesus, o entregou para que o açoitassem e o crucificassem.
Meditação
No meio da multidão, Esposo meu, olho, ansioso, o teu rosto. Quando ouves “Barrabás” sabes que serás crucificado. No entanto, mesmo à distância, vejo em teus olhos a esperança de poder dar-lhe uma segunda chance. A chance do Novo Testamento. Tu sabes bem, Jesus, que Barrabás, assim como eu, é vaso de argila. Está dentre os menores, os piores, os miseráveis. Nos desígnios de Misericórdia, o Pai, de forma incompreensível, te troca pelo pior dos malfeitores. Misteriosamente, Barrabás recebe a tua entrega total por ele em forma de segunda chance. Ele não sabe o que se passa. Não consegue medir, nem imaginar. Eu, sim. E, em minha miséria, uno-me a ele, Deus de minha vida, eu, o menor, o pior, e acolho a Ti, dado em troca de mim. Acolho-te todo, sem nada deixar de acolher e, ao acolher-te, entrego-me todo a Ti. Tu, tomas sobre ti todo o meu pecado e todo o meu ser, dado em troca pelo Teu. Por isso, ainda que eu não abra a boca, perdido na multidão, por causa do mistério escondido nesta troca, grito também: “Crucifica-O!”
Aclamações
V. Jesus, Esposo Meu, livremente entregue à cruz em meu lugar,
R. Tem piedade de mim e ensina-me a entregar-me livremente pelos miseráveis.
V. Jesus, Esposo Meu, trocado pelos menores, pelos piores,
R. Tem piedade de mim e ensina-me a me dar por eles.
V. Venha teu Reinado,
R. Cumpra-se teu desígnio na terra como no céu.
Pai Nosso
SEGUNDA ESTAÇÃO
JESUS É CARREGADO COM A CRUZ
20040216-paixao_cristo-03
V. Nós te adoramos, Amado nosso, e te bendizemos
R. Porque por tua santa cruz remistes o mundo
Do Evangelho de São Marcos, 15,20
Depois de o terem escarnecido, tiraram-lhe o manto de púrpura e vestiram-Lhe as suas roupas. Levaram-no, então, para O crucificarem.
Meditação
“O Amor não é amado!” Com São Francisco, Amado meu, meu coração reconhece que, das mais diversas formas te escarneceu, cuspiu-te na Face, enterrou-te a coroa com pancadas surdas. Oh, meu Deus, não te amei! Esqueci de onde me tiraste, esqueci que me escolheste e, envolto no dia a dia, escarneci de Ti, ignorei a Tua vontade que é sempre amor. Perdoa-me, Deus de minha vida. Perdoa-me! Deixa-me lavar teu sangue com minhas lágrimas. Deixa-me ungi-lo com meu arrependimento, mais uma vez, mais uma vez! Ah, Senhor, o quanto deves me amar para perdoar-me tantas vezes! Inflamo-me de gratidão por me amares tanto apesar de tantos escárnios de minha parte. Vejo-te a caminhar para a cruz, pronto a amar sempre mais e mais. Uno-me a esta cruz, que acende o teu amor. E Tu, loucamente, te unes a mim, cuja ingratidão constante só te leva a amar mais.
Aclamações
V. Jesus Cristo, Amor do Pai Inflamado,
R. Tem piedade de mim, cujo pecado inflama teu amor!
V. Jesus Cristo, Amor que não é amado,
R. Tem piedade de mim, que me amo tanto, e me leva a amar sempre mais e mais
V. Perdoa-nos nossas ofensas,
R. Como nós também perdoamos aos que nos ofendem.
Pai Nosso
TERCEIRA ESTAÇÃO
JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ

V. Nós te adoramos, Amado Nosso, e Te bendizemos,
R. Porque por Tua santa cruz remiste o mundo.
Do livro do profeta Isaías 53,4-6
Na verdade, ele suportou nossos sofrimentos e carregou nossas dores, nós o tivemos como um contagiado, ferido de Deus e afligido. Ele, ao contrário, foi trespassado por causa de nossas rebeliões, triturado por causa de nossos crimes. Sobre ele descarregou o castigo que nos cura, e com suas cicatrizes nos curamos. Todos nós andávamos perdidos como ovelhas, cada um para seu lado, e o Senhor fez cair sobre ele todos os nossos crimes.
Meditação
Vejo-te, Amado meu, por terra. Caído. Um cordeiro, um cordeirinho sangrando, caído sob a cruz. Quero socorrer-te. Não me deixam! Quero rebelar-me, gritar diante de tamanha injustiça. Não me deixas! Guardo, compungido, meu grito. Uno-me a ti em tua queda. Entendo, vendo-te assim, que santo não é quem não cai, mas quem confia inteiramente na misericórdia do Pai, como tu fazes agora. Olho ao meu redor, atingido pelos gritos de ódio. Misteriosamente, eles passam por mim, mas não me atingem. Atingem a ti, pois por recebê-los estás contagiado, ferido, afligido. Os chicotes não te deixam. Nem te deixam as nossas quedas. Volto a olhar ao meu redor e, agora, entendo: também eu devo deixar-me contagiar, acolher e afligir-me – ferido – os vários gritos de ódio dos não-amáveis.
Aclamações
V. Amado, Cordeiro de Deus, silencioso e caído, inteiramente abandonado ao Pai,
R. Tem piedade de mim que não admito cair e nem sempre confio em tua misericórdia!
V. Cordeiro, Esposo, entregue totalmente às nossas mãos assassinas,
R. Tem piedade de mim e ensina-me a entregar-me, amorosamente, ao não-amável!
V. Não nos deixes, Pai, sucumbir à prova,
R. E livra-nos do Maligno.
Pai Nosso
QUARTA ESTAÇÃO
JESUS ENCONTRA SUA MÃE
Maria encontra-se com  Jesus
V. Nós te adoramos, Filho, e te bendizemos,
R. Porque por tua santa cruz remiste o mundo.
Do Evangelho de São Lucas 2, 34-35,51
Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: “Vê: Este está posto de forma que todos em Israel ou caiam ou se levantarem; será uma bandeira disputada, e assim ficarão evidentes os pensamentos de todos. Quanto a ti, uma espada te atravessará. Desceu com eles, foi a Nazaré e continuou sob sua autoridade. Sua mãe guardava tudo isso em seu íntimo.
Meditação
Tu e eu a vemos, Filho, e, nela, Tu e eu nos encontramos. Não é só a Mãe que encontras. É na Mãe que, mais uma vez, te encontras, em Tua humanidade bendita. Vejo, no Teu olhar a ela o mesmo que no dela a ti: “Deus! Só Deus! O Pai! Só o Pai! A vontade do Pai! Fiat! Fiat!” Nenhum dos dois pensa em si. Ambos só vêm o Esposo, o Pai, a Santa Vontade do Pai, o Amor do Pai, o amor ao Pai. Bebo, ávido, até a última gota das lágrimas de alegria deste olhar. Há dor, mas é dor de amor. E dor de amor, Amado – me ensinaste! – é alegria. É ressurreição. Tira, Deus de minha vida, meus olhos de mim mesmo, e, por esta santa troca de olhares, inflama-me para que eu busque cada vez mais o esquecimento de mim, de minha própria vontade, de meus próprios interesses, de minha própria vida e que, cada vez mais inflamado de amor por ti busque somente a Ti, a vontade do Pai, os interesses Dele, a vida Dele, a obra Dele.
Aclamação
V. Jesus, Filho de Deus, Filho de Maria, a ela unido em eterno “Sim”
R. Tem piedade de mim e ensina-me a ser, como ela, sempre “sim”
V. Jesus, unido a Maria no amor ao Pai, que aos dois basta,
R. Ensina-me a buscar somente a Sua santa vontade e confiar que só Tu, Deus meu, me bastas.
V. Cumpra-se o teu desígnio,
R. Na terra como no céu.
Pai Nosso
QUINTA ESTAÇÃO
JESUS É AJUDADO PELO CIRENEU A LEVAR A CRUZ
20040216-paixao_cristo-06
V. Nós te adoramos, Amado Humílimo, e te bendizemos,
R. Porque por tua cruz remiste o mundo
Do Evangelho de São Marcos, 15,21-22
Passava por ali, voltando do campo, certo Simão de Cirene (pai de Alexandre e Rufo), e forçaram-no a carregar a cruz. Conduziram-no al Gólgota (que significa Lugar da Caveira).
Meditação
Vejo o Cireneu, cansado depois de um dia de trabalho no campo, ser obrigado a ajudarte, Amado meu. Por que não me escolheram a mim, penso, em meu orgulho. Iria com o maior prazer, seria uma honra sem igual. Logo entendo o cuidado com que o Pai preparou este teu caminho. O Cireneu era mais um a quem querias beneficiar com a tua paixão. Primeiro, o malfeitor tinha uma segunda chance. Agora, o pai de família, cansado do trabalho do campo, com a idade que teria, talvez, o próprio José, teu pai adotivo. Também ele te ajudou. Terá o Pai pensado nele? Tê-lo-á recompensado salvando este Simão? Nele, Senhor meu, pedes a todas as famílias, a todos os pais e mães, que carreguem a Tua cruz, a bendita e feliz cruz de morrer para que seus filhos tenham vida, de se darem para que seus filhos, mesmo não tendo tudo, tenham a eles, sua presença, suas renúncias, seu amor. É belo ver-Te em Teu caminho de cruz, a tocar os casais, as famílias, a ensinar-lhes que também deles Te fizestes Esposo e também a eles chamas ao Amor Esponsal vivido no marido, na mulher, nos muitos filhos.
Aclamação
V. Humilde Amado, que te deixar ajudar por um cansado pai que vem do campo,
R. Tem piedade de mim que me fecho em minha auto-suficiência.
V. Jesus querido, que aprendeste o amor humano na família de Nazaré,
R. Tem piedade de mim e ensina-me a rezar, amar e servir em família.
V. Pai nosso do céu,
R. Seja respeitada a santidade do teu nome.
Pai Nosso
SEXTA ESTAÇÃO
A VERÔNICA LIMPA O ROSTO DE JESUS
V. Nós Te adoramos, Amado Único, e te bendizemos,
R. Porque por tua cruz remiste o mundo.
Do livro do profeta Isaías 53,2-3
Cresceu (…)sem presença nem beleza para atrair nossos olhsares, nem aspecto que nos cativasse. Desprezado e evitado pela gente, homem acostumado a sofrer, curtido na dor; ao vêlo cobriam o rosto; desprezado nos o tivemos por nada.
Meditação
Correu a Verônica entre a guarda. Enxugou-te o rosto, colheu o suor de exaustão; comprimiu o sangue do sacrifício, secou as lágrimas de tantas emoções. Não tinha filhos por quem chorar. Não tinha esposo, esta Verônica. Eras, naquele momento, seu Esposo, seu Filho, seu Tudo. Amava-te, isso lhe bastava. O que faria esta Verônica com o seu lenço, com o teu Rosto? Para minha surpresa, não o guardou ciosamente. Posso vê-la, ainda virgem, ainda sem filhos, ainda sem marido, com o mesmo lenço, a vestir os nus, a cobrir os que têm frio, a enchê-lo de pão para os que têm fome, a encharcá-lo de água para os que têm sede, a acenar trégua aos prisioneiros. Esperta como sempre, ungida de sua virgindade consagrada, escorrega por entre as estruturas para amar-Te onde quer que estejas. Entendeu, esta Verônica, que o amor ao irmão é maneira concreta de mostrarmos o quanto te amamos.
Aclamações
V. Jesus, que imprimes tua Face Santa em cada pessoa, em cada jovem,
R. Tem piedade de nós e ensina-nos a pureza e a modéstia, que preservam em nós a
tua santa imagem.
V. Amado Esposo, que chamas tantos a se consagrarem inteiramente a Ti,
R. Tem piedade de nós e ensina-nos a beleza de amar aqueles por quem destes a vida.
V. Pai do céu,
R. Dá-nos hoje o pão de cada dia.
Pai Nosso
SÉTIMA ESTAÇÃO
JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ
V. Nos te adoramos, Cordeiro Amado, e te bendizemos,
R. Porque por tua cruz remiste o mundo.
Do livro das Lamentações 3, 1-2.9.16:
Eu sou um homem que provou a dor sob a vara de sua cólera, porque ele me guiou e conduziu para as trevas e não para a luz; (…) fechou-me a passagem com pedras, retorceu minhas sendas (…) meus dentes rangem mordendo cascalhos, e me revolvo no pó.
Meditação
Novamente, Amado meu, te vejo no chão! Sobrecarregado por meus pecados, conduzido para as trevas, tu que és a Luz. Acolhes minha escuridão para que eu tenha a Luz. Minhas trevas, porém, com a de todos os outros de todos os tempos, sugam o brilho de tua humanidade. Cais sob o meu peso. Ergo-me sobre teu esmagamento. Olho-te: o suor não consegue remoer o sangue que secou sobre tua pele. Os primeiros escarros, já secos, mantêm grudados entre si os fios de tua barba. Os escarros recentes formam grandes gotas esverdeadas que insistem em não cair. Reconheço longinquamente teus olhos por entre as pálpebras inchadas. Os muitos cortes, abertos, já não sangram tanto; escondem-se sob sangue coalhado e salmoura. O cheiro de sangue fresco mistura-se com o de sangue velho e suor. Doume conta, Senhor meu, que tu fedes. Caído por terra, tens o aspecto do alcoólatra inchado jogado em nossas sarjetas e calçadas. Semi-escondido pela cruz, assemelhas-te ao fétido miserável, a colher lixo e papel em sua carroça; como tua cruz, pesa mais que ele. Como um mendigo fedorento a suor, sujo de catarro e urina, faminto, tu olhas para mim, a pedir que te levante. És, assim, tu mesmo, o não-amável que sou chamado a amar.
Aclamação
V. Senhor Jesus, que te rebaixaste mais do que todos nós por amor a quem não te ama,
R. Tem piedade de nós, que fugimos da crueza da participação de tua paixão e cruz. Ensina-nos que isso é amor esponsal.
V. Cordeiro esmagado por nossos pecados,
R. Tem piedade de nós e ensina-nos a acolher-te quando estás sujo, fedorento, fraco e deformado. Ensina-nos que isso é amor esponsal.
V. Pai do céu,
R. Venha o teu Reinado!
Pai Nosso
OITAVA ESTAÇÃO
JESUS ENCONTRA AS MULHERES DE JERUSALÉM
V. Nós te adoramos, Filho do Homem, e te bendizemos,
R. Porque por tua cruz remiste o mundo.
Do Evangelho de São Lucas 23, 28-31
Jesus voltou-se e lhes disse: “Moradoras de Jerusalém, não choreis por mim; chorai por vós e por vossos filhos. Porque chegará um dia em que se dirá: Felizes as estéreis, os ventres que não pariram, os peitos que não amamentaram! Então começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’; e às colinas: ‘Sepultai-nos’. Pois, se tratam assim a árvore viçosa, o que não farão com a seca?
Meditação
Ah, Senhor, Filho de Deus, Filho do Homem! Como não ultrapassar o olhar da exegese e ver, aqui, tua admoestação para a mulher, hoje! Não estamos nós vivendo um tempo no qual as estéreis são consideradas felizes? Não estamos vivendo um tempo em que as mulheres se fazem esterilizar para serem, secundo elas, mais felizes? Não seremos nós as mulheres cujos ventres negam-se a parir, matando seus filhos para viverem melhor? Não estão secando nossos peitos à força de hormônios para a amamentação não deforma-los, para voltarmos mais cedo ao trabalho? Jesus, tu, o Filho do Homem, Inocente, recebeste de nós o pior dos tratamentos em tua paixão. Hoje, porém, Senhor, nós mulheres, te matamos nos abortos cirúrgicos, nos abortos advindos do diu, das pílulas e demais métodos artificiais que não deixam desenvolver-se nenhuma vida que consiga escapar ao seu cerco. Criaste-nos para acolher e promover a vida, e eis-nos hospedando e provocando a morte! Chamaste-nos a humanizar o homem e eis-nos ultrajando seu direito mais básico! Criaste-nos para sermos presença disponível e eis-nos sendo ausência ocupada! Fizeste-nos ternura e eis-nos rispidez, competição, ódio aos nossos próprios filhos. Hoje, Jesus, não temos por quem chorar. Nem por nós – que julgamos o choro sinal de fraqueza- nem por nossos filhos – que não existem mais! Que fizemos, Senhor, que fizemos ao lenho verde!
Aclamações
V. Amado Filho do Homem, acolhido por Maria sem restrições,
R. Tem piedade de nós!
V. Jesus, criança assassinada, criança solitária, criança abandonada,
R. Tem piedade de nós!
V. Pai do céu,
R. Não nos deixes sucumbir à prova!
NONA ESTAÇÃO
JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ
V. Nós te adoramos, Filho de Deus feito Homem, e te bendizemos
R. Porque por tua santa cruz remiste o mundo
Do Livro das Lamentações 3,27-32
É bom para o homem carregar o jugo desde a sua mocidade. É bom ele sentar-se solitário e silencioso quando o Senhor lho impuser; por sua boca no pó, onde talvez encontre esperança; estender a face a quem o fere e suportar as afrontas. Porque o Senhor não repele para sempre. Após haver afligido, tem compaixão, porque é grande a sua misericórdia.
Meditação
Sei, Amado meu, que esta tua terceira queda é a minha última oportunidade de cair contigo e deixar-te cair comigo. Para ser tua alma esposa, é preciso que eu encontre o segredo da queda. É preciso que me una a ti e aprenda a partilhar contigo o pó e nele encontrar esperança. Ajuda-me, Senhor, a cairmos juntos. Ajuda-me a fazer-me pequeno contigo, pois meu alvo é a santidade e a santidade nunca foi para os grandes, para os que nunca caem e julgam tudo saber, tudo poder. Desejo, meu Jesus, cair contigo. Não terei medo de ser esquecido, de ser escarnecido, de ser rejeitado. Meu alvo, Amado meu, é a santidade, não o sucesso. Desejo, meu Senhor, permitir que caias comigo; permitir que me ajudes em minha solidão, em meu pó, no jugo que carrego desde a mocidade. Desejo, contigo, estender a face ao que me fere, pois meu alvo, como já disse é a santidade. Não só alvo, mas vocação, sem presunção nenhuma de grandeza. Nesta queda conjunta, meu Querido, tua e minha, está a nossa esperança. Não é exatamente lá, no pó, que ela se esconde? Não é na queda que ela se oculta? Não é lá que ela sussurra o Teu Amor por mim? Esta queda, como as outras, é a minha queda, a nossa queda, o nosso segredo para encontrar a pequenez, a confiança no Amor, a esperança escondida no pó que se mistura ao teu sangue.
Aclamações
V. Jesus, que escondeste no pó a virtude da esperança ,
R. Tem piedade de mim e livra-me de querer encontrar-te nas grandezas.
V. Cristo, que aceitas trilharmos juntos o caminho da queda,
R. Tem piedade de mim e ensina-me a suportar as afrontas dos que me são mais caros.
V. Pai do céu,
R. Perdoa nossas ofensas.
Pai Nosso
DÉCIMA ESTAÇÃO
JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES
V. Nós te adoramos, Cristo, Novo Adão, e te bendizemos,
R. Porque por tua santa cruz remiste o mundo.
Do Evangelho de São Marcos 15,24
Os soldados repartiram entre si as suas vestes, sorteando-as para verem o que levava cada um.
Meditação
É inevitável, Senhor meu, ver-te, assim, despido, e não recordar que a santidade é a veste nupcial para as bodas do Cordeiro. É inevitável, também, ver de quantas vestes me visto. De quantas defesas, de quantas vontades, de quantas imagens, de quantas teimosias. Inevitável ver de quanta vaidade me adorno, em quanto orgulho me abrigo, em quanta altivez me defendo. Inevitável colocar-me, tão altivo, tão protegido, tão cheio de mim mesmo, diante de ti, despido, ferido, ensangüentado e sujo. Inevitável reconhecer o óbvio de qual das duas vestes é a da santidade. Impossível não distinguir qual dos dois está preparado para as núpcias! Quando, Senhor, te terei como meu único Amor, quando só tu me bastarás, de fato, para que eu não só permita, mas deseje despojar-me de minhas vestes tão baixas, deixando, feliz, que as disputem quem nelas se interesse e que tirem a sorte como queiram, uma vez que minha fortuna é estar despido, pronto para as nossas Bodas.
Aclamações
V. Jesus, Novo Adão, vestido de nudez,
R. Tem piedade de mim e dá-me a coragem do amor.
V. Jesus, Noivo e Cordeiro,
R. Tem piedade de mim e veste-me de tua nudez.
V. Pai do céu,
R. Venha o teu Reinado.
DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO
JESUS É PREGADO NA CRUZ
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Meditação
Vejo-te, Jesus, imóvel por alguns instantes, tomado da imobilidade do amor. Sei que logo arquejarás, que em breve entrarás em tetania, em agonia, e consumarás teu sacrifício de amor. No entanto, guardo como a um tesouro, este instante quando tu, pregado, te entregas imóvel nas mãos do Pai e do Espírito, nas mãos dos homens. Não estás pregado em um madeiro. Não! Pendes do amor absoluto e não encontras outra causa para amar a não ser o próprio Amor! Talvez por isso, pendas, imóvel, do ápice da Caridade. Aos teus pés, exponho a ti minha fraqueza, desejando amar-te cada vez mais perdidamente, como se tu precisasses de justificativas para amar até a consumação de ti mesmo.
Aclamações
V. Jesus, Cordeiro Imóvel, vítima do Amor, pendente do Amor Absoluto,
R. Tem piedade de mim e ensina-me que não há santidade sem cruz.
V. Jesus, Pobre e Nu, vítima da Dor,
R. Tem piedade de mim e ensina-me que os pobres são a salvação e a esperança da humanidade.
V. Pai do céu,
R. Seja respeitada a santidade do Teu Nome!
DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO
JESUS MORRE NA CRUZ
Cristo
Meditação
Cristo, Ungido do Pai, Sacerdote, Vítima, Altar, Esposo! Desejo dar-te o que me dás. E posso dar-te mais que me dás, pois, dando-te a mim, comigo dou-te a ti, que és unido a mim. Nunca irei sozinho ao Pai. Acolho a tua morte e vivo. Acolhes minha vida e morres. Vida e morte, em tua cruz, são uma só coisa. Sacerdote e vítima, são uma só coisa. Entrega e acolhida, uma coisa só. Tudo é amor. Tu morres por todos. Eu morro por ti e sei que isso significa morrer por meu irmão. O amor é assim: não permite que se morra por si mesmo. Tornamo-nos, assim, sacerdotes e vítimas no Único Sacerdote, Única Vítima e, por isso, Único Esposo que, unido às famílias e aos virgens, une-se agora aos sacerdotes em uma única Oferta, um único Altar, únicos Esponsais com toda a família humana. “Pai, perdoai-lhes”, ouço-te dizer. “Eu te absolvo dos teus pecados”, ouço-o dizer. “Fazei isso em memória de mim!”, ouço-te. “Eis o Cordeiro de Deus”, ouço-o. É uma só esta voz sacerdotal, esta voz esponsal que oferta a vida!
Aclamações
V. Jesus, Sacerdote, Vítima, Altar, Esposo,
R. Tem piedade de mim, ensina-me que só o amor da cruz é o teu, e que só ele permanece
V. Jesus, Esposo Imolado,
R. Abre os olhos de minha oração; que eu te veja, que eu veja!
V. Pai do céu,
R. Santificado seja o teu nome!
Pai Nosso
DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO
JESUS É DESCIDO DA CRUZ
Meditação
Vejo-te, Senhor, sendo lavado, às pressas e, cuidadosamente, lentamente, atentamente, sem nenhuma pressa, desejo lavar-te ao lavar meu irmão. Sinto o cheiro do lençol que te envolve: cheiro de linho cru. Carinhosamente, atento a todo detalhe, uso todo o tempo do mundo para tecer o lençol que envolve meu irmão, suas ofensas, seus queixumes. Inalo o perfume do óleo apressado e guardo-o na memória, cuidadoso. Dele disponho para ungir meu irmão ferido, ofendido, faminto, doente, moribundo. Pois é amando assim, concretamente, ao meu irmão, que te estarei amando da forma mais perfeita. É assim que serei tua alma esposa, no amor efetivo ao meu irmão. Assim, estarei fazendo a tua vontade: “Que vos ameis como vos amo”. Assim, Esposo meu, te envolverei a cada dia, um corpo inerte, sobre o qual não se tem esperança, sobre o qual se meneia a cabeça. Em teu e meu coração, porém, sabemos, que não há caso perdido, não há maldade humana, não há corpo inerte que, por causa do Amor, não vá encontrar a ressurreição.
Aclamações
V. Jesus, inerte nos braços dos homens,
R. Tem piedade de nós e ensina-nos a amar nosso irmão.
V. Cristo, Corpo Santo preparado às pressas,
R. Ensina-nos a perfeição do amor: amar o outro como tu nos amas.
V. Pai do céu,
R. Também na terra, seja feita a tua vontade.
DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO
JESUS É DEPOSITADO NO SEPULCRO
Meditação
Vejo-te, Senhor, pelos olhos da Madalena. Observo como te colocam. Vejo como te ungiram. Como não lembrar-me das outras unções? Fico atenta a como rolaram a grande pedra, ao ângulo do qual a empurraram. Nada me escapa. Não te deixarei só. Estarei contigo nas ruas, no trabalho, nas escolas, nos motéis, nos estádios, nos bares, nas praias, nos shoppings. Estarei contigo onde a comida é farta e onde bóia o minguado punhado de feijão na panela de ferro. Estarei contigo onde o conhecimento ilumina e onde a ignorância cega. Estarei contigo onde a vida se inicia e onde finda. Estarei contigo nos gritos de alegria e nos gemidos de agonia. Estarei contigo, Amado meu, a velar-te no homem, em cada homem, ao longo das nossas pobres noites. Até que venha a tua Ressurreição. Até que a veja brilhar nos olhos deles, de cada um, e possa, eu mesmo, dormir em paz, apoiado em teu braço, envolvido no estandarte da Caridade, sob as flores de maçã da tua eternidade, Esposo meu.
V. Amado meu, Esposo meu, enquanto aguardamos a Tua ressurreição,
R. Tem piedade de mim e ensina-me a perfeição do único Amor.
V. Jesus, Amado meu, Esposo meu, enquanto aguardamos a Tua vinda,
R. Tem piedade de mim e ensina-me que amar é servir.
V. Pai do céu,
R. Daí-nos hoje o pão deste dia.
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

PEDRO FALA PELA BOCA DO PAPA



Pedro fala pela boca de Bento XVI. O legado que deixará à Igreja é um tesouro incalculável, desde a sua teologia a sua humildade cristã. 

... A Doutrina Católica ensina que o Papa é o "Servo dos Servos de Cristo". Sob ele recai o múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja.

Nos primeiros séculos do cristianismo, mais precisamente no século III, a Igreja Católica sofreu grandes abalos, ora advindos das perseguições bárbaras e pagãs, ora dos próprios membros da Igreja, com suas heresias acerca da Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Crises como as do Gnosticismo e do Arianismo teriam destruído a Igreja, dada a proporção de seus seguidores, não fosse a providência divina e a assistência do Espírito Santo ter suscitado grandes santos para a defesa de nossa fé, dando cumprimento a promessa de Cristo de que "as portas do Inferno não prevalecerão".

O ano de 451 foi marcado pelas grandes controvérsias cristológicas. Apartados da fé apostólica, inúmeros bispos passaram a acreditar na heresia monofisista. Essa heresia afirmava que Cristo possuía apenas a natureza divina. Contra isso, levantou-se o Papa São Leão Magno no seu famoso "Tomo a Flaviano", no qual declarava a união hipostática de Cristo, ou seja, que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. O discurso do Santo Padre foi aclamado pelos bispos conciliares, reunidos em Calcedônia, sob a célebre frase: "Pedro falou pela boca de Leão". 

A Doutrina Católica ensina que o Papa é o "Servo dos Servos de Cristo". Sob ele recai o múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja. Por isso, o Santo Padre "é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos bispos, quer da multidão dos fiéis". Como sucessor de São Pedro, o Sumo Pontífice tem o santo dever de confirmar a todos na fé (Luc. 22, 31-32). Esse carisma da unidade na fé e na caridade fez com que o escritor inglês G.K. Chesterton dissesse uma vez, parafraseando um antigo ditado: "Se o Papa não existisse, seria necessário inventá-lo".

Assim, se os Bispos de Calcedônia diziam: "Pedro falou pela boca de Leão" - hoje podemos afirmar que Pedro está falando pela boca de Bento XVI. Joseph Ratzinger é o Papa certo para tempos incertos. Num momento em que a Igreja vive uma encruzilhada entre a apostasia do relativismo e o martírio da ridicularização, o testemunho valente do Bispo de Roma tem dado aos católicos, principalmente aos jovens, o impulso necessário para a vivência virtuosa e apostólica da fé cristã.

No final do ano passado, quando todos os prognósticos da mídia certificavam a falência da autoridade papal, devido às corajosas condenações do Papa Bento XVI ao aborto e em defesa do matrimônio, a mensagem do Santo Padre encontrou eco onde menos se esperava: na juventude. Incentivando os fiéis católicos e os homens de boa vontade - até mesmo os de outras religiões - a se unirem em defesa dos princípios inegociáveis da dignidade humana, o Papa pediu que a verdade fosse anunciada sem medo de represálias.

Contra todos os prognósticos da mídia esquerdista mundial a juventude está com o Papa e deseja ardentemente ver a Igreja de sempre reinante.


"No diálogo com o Estado e a sociedade, naturalmente a Igreja não tem soluções prontas para as diversas questões. Mas, unida às outras forças sociais, lutará pelas respostas que melhor correspondam à justa medida do ser humano. Aquilo que ela identificou como valores fundamentais, constitutivos e não negociáveis da existência humana, deve defendê-lo com a máxima clareza. Deve fazer todo o possível por criar uma convicção que possa depois traduzir-se em ação política".

Para surpresa de todos, mas sobretudo daqueles que são inimigos da Igreja Católica, o pedido do Santo Padre foi atendido. As ovelhas ouviram a voz de seu pastor (Jo 10.3). Em todo mundo começaram a surgir movimentos em defesa da vida e da família. 

A maior marcha pela vida da história americana foi um dos muitos movimentos ao redor do mundo que atendeu ao apelo do Papa Bento XVI.

No Reino Unido, mais de mil padres e bispos assinaram uma carta aberta ao Governo contra a união de homossexuais. Na França, 800 mil pessoas foram às ruas de Paris dizer um veemente não ao projeto do governo socialista de legalizar o "casamento" gay. Na Irlanda, 30 mil pessoas marcharam contra a legalização do aborto. E nos EUA, na capital da terra da liberdade, Washington D.C., 650 mil pessoas, na sua maioria jovens, protestaram contra os 40 anos da aprovação do aborto no país . Foi a maior marcha pela vida de toda a história dos americanos.

Há poucos dias, durante outra Marcha pela Vida nos EUA, mas dessa vez em São Francisco, 50 mil pessoas pediram o fim da lei do aborto no Estado americano. Como fez durante a Marcha pela Vida em Washingnton D.C., Bento XVI enviou uma mensagem de apoio aos participantes do protesto. Uma das coordenadoras do evento, Eva Muntean, revelou ter ficado admirada com o silêncio que os manifestantes fizeram para se ouvir as palavras do Santo Padre: "Podia-se escutar um alfinete cair. Estava tão silencioso, todo mundo prestava atenção. Isso foi muito especial para nós".

Pedro fala pela boca de Bento XVI. Sim, e o legado que esse Papa deixará à Igreja é um tesouro incalculável, desde a sua teologia a sua humildade cristã. Bento XVI é o Papa da Dominus Iesus, da certeza de que a única Igreja de Cristo é a Católica. O Papa que desmantelou a Teologia da Libertaçãoe pôs abaixo a babilônia dos teólogos liberais. O Papa que ensinou ao homem que Cristo não veio trazer um mundo melhor, veio trazer Deus. Que desmascarou a "ditadura do relativismo", mostrando que o único caminho de felicidade para o homem é a verdade de Cristo. Que recordou os povos de que "caridade sem verdade é sentimentalism e que "um governo sem princípios morais não passa de uma quadrilha de malfeitores". Que "Deus é amor e que somos "Salvos na Esperança. E, finalmente, que "a porta da , que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós".

O católico tem um amor natural pelo sacerdote, ainda mais pelo Papa. São Josemaria Escrivá, no seu livro "Caminho", agradecia a Deus com a seguinte expressão: "Obrigado, meu Deus, pelo amor ao Papa que puseste no meu coração".

Na Santa Missa "Pro Eligendo Romano Pontifice" - Missa de abertura do Conclave - o Cardeal Joseph Ratzinger encerrou sua memorável homilia rogando a Deus para que mandasse um novo pastor à Igreja, e que este fosse capaz, acima de tudo, de guiar o rebanho "ao conhecimento de Cristo, ao seu amor, à verdadeira alegria". A festa que se seguiu na Praça São Pedro após o anúncio do Cardeal Medina de que Joseph Ratzinger era o novo Papa só viria a confirmar o pedido do antigo cardeal a Deus. Como bem disse o jornalista Peggy Noonan em um artigo para o The Wall Street Journal, "o primeiro milagre de João Paulo II não foi o da sua beatificação, o primeiro milagre de João Paulo II foi Bento XVI".

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

DE UMA PESSOA QUE APRENDEU A AMAR O PAPA

Ontem, estava na missa de cinzas e o Pe.Eugenio iniciou a celebração com uma reflexão fantástica e, eu como um ser humano em busca do desenvolvimento me senti extremamente tocada por aquelas palavras e preciso procurar meu confessor para pedir perdão a Deus por algumas coisas, em especial pelas vezes em que eu não amei, não respeitei o nosso Papa.

Desde o anuncio da renuncia de Bento eu estou relutando em escrever algo sore o tema, pois tenho o medo de falhar por não ser conhecedora da teologia, do direito canônico e cair no senso comum, o qual tanto reluto, mas seria bem provável.

Mas, ontem na missa eu refleti e tomei a decisão de escrever algo sobre o ângulo de uma cristã consternada com a ignorância de uma sociedade cega, estúpida e medíocre, em estado de crianças na fé – levados de um lado para o outro.

Confesso que nunca me simpatizei com a expressão, talvez a postura de Bento XVI, o achava arrogante…(e eu nem o conhecia).

Ao entrar em contato com a obra de Bento XVI nos últimos tempos, eu iniciei um processo de simpatia, de admiração, de encantamento, de descoberta de um homem muito honesto, de um homem verdadeiro, de um homem de palavra – único nos tempos de hoje, de um homem violentamente culto, inteligente banido do senso comum…daí vinha a sua postura arrogante, que não era arrogante, mas era e é a postura de uma pessoa conhecedora, sábia que defende a verdade de Deus, da Igreja sem medo de ser feliz.

Isso fez com que eu conhecesse o papa Bento XVI e, aprendesse a cada dia mais entender o seu papado e aprender a admirar seu trabalho, sua pessoa.

Quando me deparei com o anúncio da renúncia eu simplesmente disse em voz alta, sozinha em meu quarto, com a boca cheia (como costumamos dizer): – Meu Deus!!! Que homem!!!

Era admiração e, ao mesmo tempo em frações de segundo o mundo bombardeava o papa Bento com suas intolerâncias, falta de respeito, falta de conhecimento sobre o assunto, de forma autoritária, recheada de senso comum, formando a opinião de milhares de pessoas inclusive católicas sobre “o papa está afundando o barco”, “o papa não conseguiu se modernizar e pediu demissão”, e assim foi.

Parei para ouvir alguns programas na tv a cabo, para entender o que a sociedade estava desvendando sobre o assunto, o que estava discutindo e “para minha alegria” estavam falando sobre a modernização da Igreja Católica.

Por um minuto pensei: – o papa já tem twitter, os padres, as comunidades já possuem facebook, já estamos todos inseridos no meio digital, o que vocês realmente querem?

Foi aí que eu pedi – SOCORRO!!! Para o mundo que eu quero descer!!!

A Igreja de Cristo é uma, é única, se entrar o cardeal tal, ou o cardeal x ou o cardeal y, as coisas continuarão as mesmas em relação nossos dogmas, nossa doutrina, nossa raiz, nossa moral – a Igreja não mudará essas coisas.

A mídia explora uma situação que é inviável ser alterada, vão se passar mais 2000 anos e continuaremos assim, os meios de comunicação colocaram nesses últimos dias que o novo papa estará com a missão de modernizar a igreja e, com isso de rever questões importantes para não perder fiéis.

E quais são as questões importantes?

Aborto – em seguimento de Jesus Cristo, que veio para que tenhamos vida e a tenhamos em abundância (cf. Jo 10,10), dá, mais uma vez, através desta declaração, seu testemunho em favor da vida humana, desde sua concepção até seu desfecho natural, baseada nas graves palavras da Bíblia: “Não matarás”, caros, a Igreja Católica não é a favor de matar pessoas, que parte vocês não entenderam? Como podemos pedir justiça na sociedade para os assassinos que matam pais de famílias, crianças em escolas, jovens em boates, … e pedimos para o governo aprovar uma lei que permita matar bebês??? INCOERÊNCIA!!! Desculpa, devo ser muito limitada intelectualmente, mas não consigo entender a diferença de matar bebês no ventre materno, de matar pessoas em qualquer situação – matar é matar. Isso não vai mudar.

Casamento homossexual – Dom Odilo explica as razões da preocupação da Igreja: Saem perdendo e ficam banalizados a família e o casamento, que têm um papel antropológico e social insubstituível. A união homossexual não cumpre o mesmo papel e não é justo equipará-la à família e ao casamento”. Dom Odilo afirmou que “isso é contrário à natureza e também, objetivamente, contrário à Lei de Deus e, por isso, a Igreja nunca poderia dar a sua aprovação”. Passamos por uma lavagem cerebral e compra-se essa ideia e, não se pensa e, não se raciocina, vive-se a falsa liberdade, a falsa construção de uma família, O que buscamos aqui é respeito, para com a igreja e para com as pessoas que decidiram se relacionar com pessoas do mesmo sexo.

Contraceptivos - em “Luz do Mundo”, Bento XVI reafirmou que o preservativo não resolve a questão sobre esta pandemia, e advertiu que a fixação neste método “significa uma banalização da sexualidade e tal banalização é precisamente a origem perigosa de que tantas pessoas não encontrem já na sexualidade a expressão do amor, mas apenas uma espécie de droga que se administram a si mesmos”. Pe. Ortiz López assinalou que a verdadeira mensagem do Santo Padre é “a humanização da sexualidade humana, dirigida naturalmente ao matrimônio e à procriação”.”Em definitiva, tudo permanece como estava, a Igreja mantém sua doutrina pelo bem do homem, por mais que alguns se empenhem em mudá-la de qualquer jeito, apresentando casos extremos ou simplesmente mentindo”, expressou o canonista. Não preciso tecer comentários, mas, o desejo de muitos é em breve anunciar – Novo Papa legaliza o uso de métodos contraceptivos… Hello!!! Isso vai contra nossa natureza, nossas crenças, não tem como acontecer, entendeu???

E dessa forma, me vi surpreendida com tamanha ignorância e sem palavras.

Para à mídia, para as pessoas que querem viver um falso catolicismo e que pregam que Bento XVI fracassou sendo ultraconservador eu faço das palavras de Francesco Perfetti, as minhas: “O papado de Bento uniu a tradição e a inovação. Não creio que o conclave vá desfazer essa herança”, disse Francesco Perfetti, professor de história contemporânea da Universidade Luiss, de Roma.

Quero apenas ressaltar que na minha opinião o Papa fez algo digno, foi muito responsável e sábio e, mais uma vez fomos surpreendidos com tamanha expressão de fé e amor.

E para quem ainda acha que o Papa Bento é ultraconservador, termino esse texto com a mensagem que ele nos deu ontem, com a abertura da campanha da fraternidade, inovadora:

“Queridos irmãos e irmãs,Diante de nós se abre o caminho da Quaresma, permeado de oração, penitência e caridade, que nos prepara para vivenciar e participar mais profundamente na paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. No Brasil, esta preparação tem encontrado um válido apoio e estímulo na Campanha da Fraternidade, que este ano chega à sua quinquagésima realização e se reveste já das tonalidades espirituais da XXVII Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho próximo: daí o seu tema “Fraternidade e Juventude”, proposto pela Conferência Episcopal Nacional com a esperança de ver multiplicada nos jovens de hoje a mesma resposta que dera a Deus o profeta Isaías: “Eis-me aqui, envia-me!”(6,8).De bom grado associo-me a esta iniciativa quaresmal da Igreja no Brasil, enviando a todos e cada um a minha cordial saudação no Senhor, a quem confio os esforços de quantos se empenham por ajudar os jovens a tornar-se – como lhes pedi em São Paulo – “protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna inspirada no Evangelho” (Discurso aos jovens brasileiros, 10/05/2007). É que os “sinais dos tempos”, na sociedade e na Igreja, surgem também através dos jovens; menosprezar estes sinais ou não os saber discernir é perder ocasiões de renovação. Se eles forem o presente, serão também o futuro. Queremos os jovens protagonistas integrados na comunidade que os acolhe, demonstrando a confiança que a Igreja deposita em cada um deles. Isto requer guias – padres, consagrados ou leigos – que permaneçam novos por dentro, mesmo que o não sejam de idade, mas capazes de fazer caminho sem impor rumos, de empatia solidária, de dar testemunho de salvação, que a fé e o seguimento de Jesus Cristo cada dia alimentam.Por isso, convido os jovens brasileiros a buscarem sempre mais no Evangelho de Jesus o sentido da vida, a certeza de que é através da amizade com Cristo que experimentamos o que é belo e nos redime: “Agora que isto tocou os teus lábios, tua culpa está sendo tirada, teu pecado, perdoado” (Is 6,7). Desse encontro transformador, que desejo a cada jovem brasileiro, surge a plena disponibilidade de quem se deixa invadir por um Deus que salva: “Eis-me aqui, envia-me!’ aos meus coetâneos” – ajudando-lhes a descobrir a força e a beleza da fé no meio dos “desertos (espirituais) do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: (…) o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o é o Catecismo da Igreja Católica” (Homilia na abertura do Ano da Fé, 11/10/2012).Que o Senhor conceda a todos a alegria de crer n’Ele, de crescer na sua amizade, de segui-Lo no caminho da vida e testemunhá-Lo em todas situações, para transmitir à geração seguinte a imensa riqueza e beleza da fé em Jesus Cristo. Com votos de uma Quaresma frutuosa na vida de cada brasileiro, especialmente das novas gerações, sob a proteção maternal de Nossa Senhora Aparecida, a todos concedo uma especial Bênção Apostólica”.
Seja Feliz, abraçando sua cruz e sendo um verdadeiro católico!!!

Por Karina Perri, uma pessoa que aprendeu a amar e admirar o Papa

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

HOMENAGEM AO PAPA

                                                                             
             Nesta manhã nublada de uma Roma enternecida
Por que não ficas conosco, mais um pouco, a nos guiar à Verdade sem ocaso da Fé?

No ano da Fé, deixa-nos, então?
...
o celebrarás conosco o amanhecer de uma Igreja restaurada por tua palavra e banhada com o sangue de teu silencioso martírio?

O Trono, a glória, os suíços – todo o teu temporal não são capazes de te prender por entre os mármores de Pedro?

Sobre ti estão os olhares da humanidade, e tu recusas o poder?

Como novo Celestino entendes a hora de descer e,
Livremente desces.

Como Bento ,no nome e na graça, preferes o recolhimento na oração às glórias deste mundo, até á partida definitiva.

É próprio de quem é Grande, a descida.
Só os Grandes descem.

Com nobreza queres entregar o leme da Igreja a outro.

Reconhecendo tua fraqueza, renuncias.
Reconhecemos tua força e bradamos:
“Viva o Papa”!
O Papa que desce!

Que desce com tanta dignidade que é mais uma subida,
Que descida.
Mais demonstração de Força,
Que fraqueza.

Ó vós que sentis com a Igreja,
Olhai o papa que desce!
Que desce para o Alto!

E hoje mais do que nunca,
Em honra do Grande, do Forte e do Magno
Brademos juntos ,
Mais uma vez:
Viva o Papa que desce para o Alto!
Viva Bento XVI.

Pe. Marcélo Tenorio

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

EESTE DIA NUNCA VAI SAIR DO MEU CORAÇÃO

Um ato de coragem e humildade: bispos brasileiros comentam sobre a renúncia de Bento XVI



Bento XVI entrará para a história como o 'Papa do amor' e o 'Papa do Deus Pequeno', que fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu ministério.


Bento XVI surpreendeu o mundo inteiro com o anúncio de sua renúncia como bispo de Roma no próximo dia 28. "Bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, sucessor de São Pedro", disse o Papa.

Ao fim da carta, o Papa Bento XVI agradece, de forma especial aos cardeais, e pede perdão por seus defeitos. "Verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos".

Bispos de todo mundo tem demonstrado surpresa diante de tão surpreendente notícia. Um ato de coragem e humildade, assim assinalam os bispos. No Brasil, a repercussão tem sido muito grande. Diversos bispos comentaram sobre o anúncio da renúncia.

"Estamos consternados pela notícia. Ele estava governando a Igreja, ocupado em atividades diárias. Contávamos com a presença dele na Jornada Mundial da Juventude". Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.



"Este é um momento para a Igreja agradecer a Deus esse grande pontificado de Bento XVI e, também, rezar por ele para que Deus o abençoe e fortaleça". Cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo.



"O Papa Bento XVI continuará levando sua missão de outra maneira e a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro agradece a Deus pela sua vida, pelo seu trabalho e pela sua missão, e reza também pelo seu sucessor". Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro.


"A lucidez da sua inteligência e sua intimidade profunda de Deus, seu Pai em Cristo pelo Espírito, neste Ano da Fé, impulsiona a Igreja para a fonte mais límpida de seu Mestre e Senhor. De coração aberto, orantes e confiantes caminhamos como Igreja e com a Igreja, iluminados por um coração de generosa fé lúcida na pessoa amiga do Papa Bento XVI buscando sempre a razão de ser do nosso discipulado a vontade do nosso Deus. Em comunhão aprendemos a lição e bendizemos a Deus". Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte.

"Cada Papa tem a sua história. Bento XVI sempre foi uma pessoa muito decidida. Acho que foi uma decisão sábia. Ele, diante de Deus, achou que era o momento de entregar o seu cargo e despojou-se por amor à igreja para que seja eleito um novo pontífice". Dom Luiz Mancilha Vilela, arcebispo de Vitória.

"Esse foi um gesto de amor. Quando ele aceitou ser Papa, foi com a missão de servir à Igreja. Agora, viu que lhe faltam forças e não tem condições de continuar exercendo o ministério. Ele demonstra confiar em Jesus Cristo, que vai nos dar um novo pastor para conduzir Seu rebanho". Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil.

"Agradecemos ao Beatíssimo Padre pelo imenso bem que ele tem feito, os sacrifícios pelos quais tem passado, e garantimos-lhe nossas orações e filiais afetos na nova vida que, com todo direito, levará daqui para frente, totalmente dedicada à oração pela Igreja". Dom Gil Antônio Moreira, arcebispo de Juiz de Fora.

"Reconhecemos a grandiosidade na humilde decisão de renunciar e, mesmo comovidos, nos irmanamos a ele. Peço a todos que, confiantes no Espírito Santo, que sempre conduz a Igreja de Cristo, rezem pelo Papa Bento XVI e por aquele que será eleito, sucessor de São Pedro". Dom Airton José dos Santos, arcebispo de Campinas.

"Assim como no mundo todo, nós sofremos o impacto desta notícia. Agora nós vivemos um momento de oração e expectativa até que seja anunciado o nome do próximo Papa". Dom Jaime Vieira Rocha, arcebispo de Natal.



"É um exemplo para todos nós. Por que se manter em um cargo se ele está cansado, idoso, esgotado? Por que continuar no poder apenas pelo poder?". Dom Aldo Paggotto, arcebispo da Paraíba.



"Ele disse que renunciaria ao pontificado quando se sentisse incapaz de levar a Igreja para frente. No entanto, não imaginávamos que isso fosse acontecer agora, porque ele continuava a atender as pessoas e a celebrar na Basílica de São Pedro. Mas foi uma atitude bonita, de uma pessoa que tem consciência de seus limites e sabe até onde deve ir". Dom Luiz Soares Vieira, arcebispo de Manaus.

"Como nós sabemos, o Papa é o Sucessor de Pedro, é o pastor da Igreja universal e é o fundamento visível da Igreja, de modo que um fato como este é um fato muito extraordinário e que vai ter consequências para o futuro da Igreja. Então recebi com perplexidade, mas a minha admiração pelo Papa aumentou ainda mais". Dom Benedito Beni dos Santos, bispo de Lorena.

Em nota oficial divulgada na tarde de hoje, 11, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acentuou que "Bento XVI entrará para a história como o 'Papa do amor' e o 'Papa do Deus Pequeno', que fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu ministério. O curto período de seu pontificado foi suficiente para ajudar a Igreja a intensificar a busca da unidade dos cristãos e das religiões através de um eficaz diálogo ecumênico e inter-religioso, bem como para chamar a atenção do mundo para a necessidade de voltar-se ao Deus criador e Senhor da vida".


Da redação do Portal Ecclesia.