A VIRGEM MARIA



MÃE DE DEUS: Maria é a Mãe de Deus, pois a humanidade de Jesus veio de Maria. Ela foi escolhida para ser a mãe do Filho de Deus, Jesus Cristo. Essas duas verdades podemos ler em Lucas 1,43: “E donde me vem a graça de ser visitada pela mãe de meu Senhor?” Não há como entender isso de modo diferente, pois essa palavra “Senhor”, em grego, é Kyrios, que se refere a Jesus glorioso, ressuscitado, plenamente Deus e plenamente homem. Não podemos separar a humanidade da divindade de Jesus. Se Maria é mãe dele, se ele é Deus, então Maria é a mãe de Deus aqui na terra. Não há por onde fugir dessa verdade.

IMACULADA CONCEIÇÃO: é o fato de Maria ter sido concebida sem o pecado original. Nós recebemos essa graça no nosso Batismo. Maria a recebeu em sua concepção. Em Lourdes ela revelou a Santa Bernardete que ela realmente foi concebida sem o pecado original.


ASSUNTA AO CÉU: Maria foi assunta, foi levada ao céu de corpo e alma após sua morte. Essa sua assunção é a antecipação da ressurreição de todos nós. Na Bíblia há apenas a assunção de Henoc e de Elias (veja em Gênesis 5,22-24; Hb 11,5; 2ª Reis 2,11), mas provavelmente isso não aconteceu. O autor sagrado simplesmente anotou tradições orais encontradas na época, que por sua vez, visavam proteger os restos mortais desses dois profetas.


MARIA NÃO TEVE OUTROS FILHOS: Jesu é o único Filho de Maria. Ela foi virgem a vida toda. Jesus era seu filho único. A maior prova disso está em João 19,25-27, em que Jesus pede que João (Apóstolo) tome conta de sua mãe e diz para Maria que fosse morar com ele. Ora, se Maria tivesse outros filhos, Jesus não teria nenhuma necessidade de pedir isso a João, pois haveria seus irmãos para dela cuidarem. Todos eram obrigados a seguir essa norma: A viúva tinha que morar e ser atendida pelos filhos. Se Jesus era o único filho, então dá para entender por que ele deixou Maria aos cuidados do Apóstolo João: porque, sendo filho único, não havia nenhum irmão que o substituísse no cuidado da mãe. Essa norma pode ser vista em 1ª Timóteo 5,4; Deuteronômio 5,16 e Mateus 15,4.


Os chamados “irmãos” de Jesus são, na verdade, seus primos e parentes próximos. Em Mateus 10,2-3, por exemplo, vemos que existem dois Tiagos, um deles chamado “irmão do Senhor” (Gálatas 1,19). Ora, um deles era filho de Alfeu e o outro, de Zebedeu (confira na citação àcima de Mateus). Nenhum dos dois era filho de José!


Há outros exemplos de como os primos e até sobrinhos eram chamados de irmãos, como em Gênesis 11,31 e cap. 13,8 (combinar os dois textos), em que Abraão chama o filho de Lot, seu sobrinho, de “irmão”. Em algumas bíblias mais modernas, mudaram o nome “irmão” para “parente”; no original, entretanto, está “irmão”. Na língua hebraica e aramaica não existe a palavra “primo”. Em grego, língua do novo testamento, existe, mas só foi usado uma vez, em Colossenses4,10, “Anépsios”. Nas demais vezes, a palavra usada é “adelphos”, irmão.



OS TÍTULOS DE MARIA:- Quanto aos inúmeros títulos de Maria, é costume chamá-la por vários nomes, títulos, pois é nossa mãe, já que Jesus, seu Filho, é nosso irmão. São muitos títulos, mas uma só Maria, a Mãe de Deus. Não são pessoas diferentes, como muitas pessoas pensam. Assim, quando chamamos N. Sra. Aparecida, N. Sra. de Lourdes, de Fátima, da Salete, de Guadalupe, da Conceição, das Graças, de Loreto, da Paz, Rosa Mística, da Ponte, Auxiliadora, Mãe dos Homens, do Rosário, da Consolata, do Monte Serrat, do Carmo, etc, estamos chamando a mesma e única Maria, nossa Mãe querida.


Maria, como não tem mancha alguma de pecado, reflete totalmente a maravilhosa graça de Deus, nesses seus inúmeros títulos: cada título de N. Sra. Corresponde a um aspecto dessa graça de Deus. Diz uma frase no Santuário Nacional de Aparecida: “Peça à Mãe que o Filho atende!”. Para ser devoto de Maria, temos de atender ao pedido que ela fez nas bodas de Caná: “Fazei tudo o que ele (Jesus) disser”.

Diz ainda o Pe. Fernando Cardoso

1º de outubro de 2011


O profeta Baruc insiste nas acusações contra o pecado coletivo, o pecado da comunidade dos judeus. A esse respeito, desejo fazer aos leitores a seguinte observação: Nossa Senhora, nas aparições dos últimos tempos – refiro-me àquelas aprovadas pela Igreja - sempre tem insistido na penitência, na conversão e na oração pelos pecadores, pois ela é advogada dos pecadores e consoladora dos aflitos. Nossa Senhora é Mãe, não apenas dos justos e dos cristãos em estado de graça, mas é Mãe também daqueles que se desviaram. É Mãe dos pecadores, daqueles que nunca se recordaram dela e dos que nunca pronunciaram seu nome nem jamais recitaram uma Ave Maria. Nossa Senhora, Mãe solícita de cada pecador, percebe melhor do que ele a pobreza em que se encontra - pobreza, pois o pecado na realidade é um nada.


O animalzinho racional que somos - chamados do nada à divinização apesar dos pecados cometidos - diz a Deus: “Não! Eu não quero ser divinizado, prefiro permanecer no estado animal e, dessa maneira, cava a própria ruína. Nossa Senhora, que do alto da sua glória, como Mãe, contempla toda essa tragédia, bate às portas desses corações e, se não encontra nenhuma resposta por parte deles, bate às portas dos nossos corações.


Tocados por Maria, queremos ir a Jesus, mas não desejamos caminhar sozinhos. Estendemos nossas mãos aos pecadores e continuamos a repetir a grande solidariedade que os uniu a Jesus. Santa Teresa do Menino Jesus, embora não estivesse entre os maiores pecadores, desejava, no final de sua vida, sentar-se à mesa com todos eles. Queria ir para o céu, mas não sozinha. O pecado contrário a tudo o que acabo de dizer recebe o nome de farisaísmo. É o pecado dos que rejeitam qualquer contato com os pecadores vulgares, uma vez que se julgam sem pecado, credores de Deus e superiores aos demais.


Convençamo-nos de que Jesus não veio a este mundo para redimir apenas pecadinhos sem grande estrago moral. Ele veio para todos os grandes pecadores, quaisquer que sejam suas faltas. Não há pecado, por maior que seja, que não possa ser dissolvido no detergente poderoso que é o Seu Sangue. O Filho de Deus também Se sentou à mesa em companhia de pecadores notórios e chegou a arrancar acusações fortes provindas daqueles que se julgavam sem pecado. Em certa ocasião, saiu em favor desses grandes pecadores, citando o Profeta Oseias:”Misericórdia Eu quero e não sacrifício.” Existem aqueles que carregam na consciência crimes nefandos, como tráfico de drogas, corrupção de menores, pornografia, prostituição, corrupção nos níveis econômicos e políticos. Nossos meios de comunicação os conhecem perfeitamente. De todos eles deseja Deus sinceramente a conversão, a fim de não os dever punir com a condenação eterna. Ele, hoje, os entrega às súplicas e intercessão de todos nós, para podermos tomar parte no drama de suas conversões.


Do padre Fernando, sobre a Virgem Maria.


05 de novembro de 2011

Hoje Jesus nos diz através do Evangelho de Lucas: “Vós vos considerais justos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, pois o que os homens exaltam é coisa abominável diante de Deus”. Frente a essas palavras de Jesus, colocamo-nos hoje, sábado, na presença de Maria. Maria foi a antítese de tudo isso. Não se considerava grande diante de Deus, mas sempre a menor, a escrava, aquela que humildemente realiza a vontade de Deus, quer no seu dia-a-dia, quer nos momentos grandes de sua existência.


Gostaria de acrescentar que os anos da Virgem Maria foram mais preenchidos de coisas banais e realidades cotidianas do que de momentos de grandeza e exaltação. É verdade, ela teve a visita de um anjo por ocasião da Anunciação. Mas os anjos depois desapareceram de sua vida. Maria teve que se contentar com a presença de José, com a dos pastores, do velho Simeão e de Ana.


Mais tarde sua vida se passou escondida em Nazaré. Maria não se diferenciava de nenhuma mulher daquele lugarejo obscuro. Cozinhava, lavava roupa, arrumava a casa, fazia coisas que aos olhos dos grandes não têm a menor importância. Ela nunca foi importante neste mundo. Nunca realizou um milagre, nem foi notada por quem quer que seja; a prova disso é o silêncio que sobre ela fazem os Evangelistas. Eles praticamente a ignoram. Maria viveu mais do que qualquer cristão uma vida escondida em Deus e, contudo, foi dentre todas as criaturas aquela que mais agradou ao Seu coração.


Hoje essa lição é para nós extremamente fecunda, porque Deus não exige de nós - como não exigiu dela - grandes coisas ou realizações heróicas. Deus exige de nós fidelidade, amor e perseverança no nosso dia-a-dia, ainda pontilhado apenas de pequenas coisas, pequenas ações ou pequenos momentos que, aos olhos do mundo, não têm importância alguma.


A Virgem Maria ensina-nos hoje que Deus abate os poderosos, depõe os orgulhosos de seus tronos e eleva os humildes. Procuremos imitá-la na humildade do nosso quotidiano. Nossa vida assemelha-se à da Virgem de Nazaré. Não vivemos de coisas espetaculares e o extraordinário acontece raras vezes. É nesse estado que nos encaminhamos para Deus. A vida da Sagrada Família de Nazaré é, no entanto, lição eloquente para todos os cristãos. Dentro daquelas paredes humildes estava toda a Igreja em embrião. Naquela família reinava a concórdia, havia disciplina e as ações mais corriqueiras eram realizadas com carinho, esmero e amor.


Na história da Igreja, ao lado de figuras extraordinárias mais admiráveis do que imitáveis, houve e há homens e mulheres que, como Nossa Senhora, vivem uma “vida escondida em Deus”. Estão longe dos refletores da imprensa e ninguém deles faz caso, mas essas são as pessoas que verdadeiramente constroem a História que Deus deseja ver concluída no seu último dia. Todo o resto a Seus olhos não passa de gordura a ser queimada.

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