quinta-feira, 28 de junho de 2012

EUCARISTIA



Jesus está “preso” na Eucaristia. Todos fazem com ele o que bem entendem. Quando Jesus inventou a Eucaristia, decerto sabia que isso iria acontecer. Um padre jesuíta muito famoso, arqueólogo e teólogo, Teilhard de Chardin (pronuncia-se “teiarr de chardan”), no livro “Hino ao Universo”, diz, à página 16:

“Do elemento cósmico em que se inseriu (pela transubstanciação da consagração do pão e do vinho na Missa),o Verbo age para subjugar e assimilar a si todo o resto.” À página 17: “ A hóstia é semelhante a uma fornalha ardente de onde sua chama irradia e se espalha”.

O padre (beato) Carlos de Foucauld tinha essa mesma idéia da irradiação da Eucaristia no ambiente em que se encontra, em forma de paz, misericórdia e salvação que Jesus nos proporciona. Ele a conservava ali no deserto para que se irradiasse na aldeia tuaregue. Infelizmente ele chegou a ficar um bom tempo sem a Eucaristia, por proibição das autoridades religiosas daquele tempo, que não permitia que ele celebrasse a missa sozinho.

O Irmão Carlos fazia 8 horas diárias de oração, baseado nessa certeza de que o poder de amor da Hóstia Consagrada, o próprio Cristo se estendia por todo o deserto e sobre o povo tuaregue, que ali vivia com ele. Que a Eucaristia seja também a força da vida dos Eremitas de Jesus Misericordioso, e sua fonte de inspiração e de oração. Diante da Eucaristia, Deus nos leva ao deserto, para ali “Falar-lhe ao coração” (Oséias 2,16).

A comunhão diária é, portanto, uma fonte de vida para todos nós. Quando não pudermos comungar, comunguemos espiritualmente, lendo uma leitura dos evangelhos. A Eucaristia que vivemos e recebemos vai também se irradiar no ambiente em que vivemos. É maravilhoso como isso realmente acontece!

CORPUS CHRISTI 2012 EM ROMA (site Canção Nova)



O Papa Bento XVI presidiu a Missa da solenidade de Corpus Christi nesta quinta-feira, 7, na Basílica de São João de Latrão, em Roma. Milhares de fiéis participaram da Celebração e da procissão até a Basílica de Santa Maria Maior, logo após a Missa.

Na homilia, o Papa destacou que é importante manter vivo“o sentido da presença constante de Jesus no meio de nós e conosco, uma presença concreta, próxima, entre as nossas casas, como 'Coração pulsante' da cidade"

O Santo Padre explicou dois aspectos do Mistério Eucarístico, ligados entre si: o culto da Eucaristia e sua sacralidade. Sobre o valor do culto eucarístico, o Papa deteve-se sobre o sentido e importância da adoração ao Santíssimo Sacramento. 

Uma interpretação parcial do Concíclio Vaticano II restringiu a Eucaristia ao momento celebrativo, da Santa Missa. Segundo Bento XVI, foi "muito importante reconhecer a centralidade da celebração, em que o Senhor convoca o seu povo e o reúne em torno da dúplice Ceia da Palavra e do Pão da vida, o nutre e o une a Si na oferta do Sacrifício". Porém, embora essa valorização da assembleia litúrgica seja válida, ela deve ser reinserida no justo equilíbrio.

O destaque dado à Santa Missa acabou sacrificando o valor da Adoração Eucarística, como ato de fé e oração dirigido ao Senhor Jesus presente na Eucaristia. "De fato, concentrando toda a relação com Jesus Eucaristia somente no momento da Santa Missa, corre-se o risco de esvaziar de Sua presença o restante do tempo e do espaço existenciais".

O Papa ressaltou que é errado contrapor a celebração e a adoração, como se estivessem em concorrência uma com a outra. O que acontece é precisamente o contrário. "O culto do Santíssimo Sacramento constitui o 'ambiente' espiritual dentro do qual a comunidade pode celebrar bem e em verdade a Eucaristia. Somente se for precedida, acompanhada e seguida por essa atitude interior de fé e de adoração, a ação litúrgica poderá expressar seu pleno significado e valor", explicou.

Bento XVI enfatizou: "O encontro com Jesus na Santa Missa se realiza realmente e plenamente quando a comunidade é capaz de reconhecer que Ele, no Sacramento, habita a sua casa, nos aguarda, nos convida à sua ceia e, a seguir, depois que a assembleia se desfaz, permanece conosco, com a sua presença discreta e silenciosa, e nos acompanha com a sua intercessão, continuando a recolher os nossos sacrifícios espirituais e a oferecê-los ao Pai".

O Santo Padre insistiu que não se podem separar comunhão e contemplação. "Para comunicar realmente com outra pessoa devo conhecê-la, saber estar em silêncio ao seu lado, ouvi-la, olhá-la com amor. O verdadeiro amor e a verdadeira amizade vivem sempre desta reciprocidade de olhares, de silêncios intensos, eloquentes, repletos de respeito e de veneração, de modo que o encontro seja vivido profundamente, de modo pessoal e não superficial".

Sobre a sacralidade da Eucaristia, o Papa explicou que o centro do culto cristão não está nos ritos e sacrifícios antigos, mas sim no próprio Cristo, no seu mistério pascal. "Desta novidade fundamental não se deve concluir que o sagrado não existe mais, mas que encontrou sua realização em Jesus Cristo, Amor divino encarnado", disse.

Jesus não aboliu o sagrado, ressaltou Bento XVI, Ele o levou ao cumprimento, inaugurando um novo culto, plenamente espiritual. Em todo o caso, "enquanto vivemos no tempo, precisamos de sinais e ritos, que desaparecerão somente no fim, na Jerusalém Celeste". 

Por fim, o Papa sublinhou que "o sagrado possui uma função educativa, e seu desaparecimento inevitavelmente empobrecerá a cultura, de modo particular a formação das novas gerações". 


CONSAGRAÇÃO DIÁRIA

Consagro-me ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria (como eremita de Jesus Misericordioso) por uma vida de oração e contemplação, de conversão contínua. Imploro humildemente a graça da perseverança na Fé, na Esperança e na Caridade, e o arrependimento sincero de todos os meus pecados, para que eu possa continuar amando, adorando e servindo a Santíssima Trindade agora e no paraíso, após a minha morte, com todos os demais. Por Cristo, com Cristo e em Cristo, que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo para sempre. Amém.


ORAÇÃO DO ABANDONO

(do Irmão Beato Carlos de Foucauld)

MEU PAI, A VÓS ME ABANDONO. FAZEI DE MIM O QUE QUISERDES. O QUE DE MIM FIZERDES, EU VOS AGRADEÇO. ESTOU PRONTO PARA TUDO, ACEITO TUDO, CONTANTO QUE A VOSSA VONTADE SE FAÇA EM MIM E EM TODAS AS VOSSAS CRIATURAS, NÃO QUERO OUTRA COISA, MEU DEUS. ENTREGO A MINHA VIDA EM VOSSAS MÃOS. EU VO-LA DOU, MEU DEUS, COM TODO O AMOR DE MEU CORAÇÃO, PORQUE EU VOS AMO E PORQUE É PARA MIM UMA NECESSIDADE DE AMOR DAR-ME, ENTREGAR-ME EM VOSSAS MÃOS SEM MEDIDA, COM INFINITA CONFIANÇA, PORQUE SOIS MEU PAI


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